O diretor-geral do Instituto Butantan, Dimas Covas, pediu exoneração de seu cargo ao órgão nesta quarta-feira, 30. A informação foi confirmada pelo executivo em suas redes sociais e pela Secretaria Estadual de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde, que emitiu uma nota explicando o processo de desligamento do gestor. “O professor Dimas Covas pediu sua exoneração, que foi aceita pela Secretaria de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde, à qual o Instituto Butantan é vinculado. Sendo assim, Dimas deixou a direção do Instituto Butantan em 11 de novembro, na mesma data em que se deu a sua nomeação para a Fundação Butantan”, disse a Secretaria. O motivo pelo qual Dimas teria se desligado do Butantan seria uma investigação do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) que investiga contratos firmados pelo órgão com empresas na área de tecnologia da informação que ocorreram sem licitação. Os valores, sob suspeita de ilegalidades e superfaturamento, ultrapassariam os R$ 150 milhões. Em meio a sua gestão à frente da fundação, Dimas aumentou o número de colaboradores, enquanto o quadro de funcionários do instituto diminuía. Ao assumir o cargo, em fevereiro de 2017, Covas comandava 663 servidores do instituto e 1.327 funcionários da fundação. Após cinco anos, o Instituto Butantan passou a ter 461 colaboradores e a Fundação Butantan, 2.970 empregados.