Janeiro Roxo: campanha alerta sobre hanseníase e reforça combate ao estigma
SES intensifica combate à hanseníase e reforça o diagnóstico precoce Janeiro é o mês dedicado à campanha nacional Janeiro Roxo, voltada para a luta contra a hanseníase.
SES intensifica combate à hanseníase e reforça o diagnóstico precoce
Janeiro é o mês dedicado à campanha nacional Janeiro Roxo, voltada para a luta contra a hanseníase. A iniciativa tem como objetivo conscientizar a população sobre os sinais e sintomas da doença, além de combater o preconceito ainda presente em torno dela. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) destaca a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para garantir uma vida saudável e sem risco de transmissão.
O Programa Estadual de Controle da Hanseníase, coordenado pela SES, capacita equipes de saúde municipais para identificar, diagnosticar e tratar a doença. Também promove ações comunitárias que buscam eliminar o estigma e fortalecer os direitos das pessoas acometidas.
"A detecção precoce e o tratamento adequado são fundamentais para interromper a transmissão e evitar as sequelas da hanseníase", afirma Laryssa Almeida de Brito Ribeiro, gerente técnica do Programa Estadual de Hanseníase.
Como parte da campanha Janeiro Roxo, a SES desenvolve ações em parceria com os municípios, monitorando e realizando exames em pessoas que têm contato próximo com pacientes diagnosticados. Esse exame de contato é essencial para interromper a cadeia de transmissão, principalmente nas fases iniciais da doença, quando o controle é mais eficaz.
O Ministério da Saúde recomenda que contatos domiciliares e sociais sejam avaliados anualmente por até cinco anos. Em apoio às ações, a SES, em colaboração com hospitais como o São Julião, oferece testes rápidos para diagnóstico. No próximo sábado (25), o Hospital São Julião realizará exames em pacientes previamente cadastrados que convivem ou conviveram com casos notificados da doença.
Avanços no tratamento e controle
O tratamento gratuito com Poliquimioterapia, oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), continua sendo um pilar essencial no combate à hanseníase. Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), Mato Grosso do Sul registrou 324 novos casos de hanseníase em 2024. O foco no diagnóstico precoce e no acesso ao tratamento tem feito a diferença no enfrentamento da doença no estado.
A hanseníase, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, é uma doença infectocontagiosa que atinge os nervos periféricos, podendo causar perda de sensibilidade ao calor, frio, tato e dor. Se não tratada, pode levar a sequelas graves, mas tem cura. Com o tratamento correto, os pacientes podem levar uma vida normal.
Reconheça os sinais e sintomas
- Manchas na pele com alteração de sensibilidade (calor, frio, tato);
- Formigamentos, choques ou cãibras nos braços e pernas;
- Diminuição da força muscular em mãos, pés e face;
- Dormência ou dor nos nervos, podendo afetar órgãos internos.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da hanseníase é clínico e realizado por profissionais de saúde. Caso a doença seja confirmada, é essencial que as pessoas do convívio do paciente também sejam avaliadas. O tratamento é feito com Poliquimioterapia, disponibilizada gratuitamente pelo SUS. O acompanhamento médico regular e a adesão ao tratamento são fundamentais para garantir a cura e prevenir complicações.
Durante o Janeiro Roxo, a SES reforça a importância de procurar a unidade de saúde mais próxima ao menor sinal da doença. A hanseníase tem cura, e o combate ao estigma é parte essencial para garantir que as pessoas acometidas tenham acesso ao diagnóstico e ao tratamento, levando uma vida saudável e plena.