Com PT figurante e rejeição a Simone, Lula terá dificuldade em MS

De olho na reeleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está fazendo mudanças e se organizando para que o Governo Federal pareça mais presente nos estados.

De olho na reeleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está fazendo mudanças e se organizando para que o Governo Federal pareça mais presente nos estados.

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Lula já avisou que sairá mais do gabinete e, mais que isso, pediu para que lideranças dos estados participem mais de ações, já marcando território para o próximo ano.

Em Mato Grosso do Sul o presidente deve ter dificuldade para ganhar espaço. A ministra Simone Tebet, por exemplo, ganhou a antipatia do eleitor bolsonarista depois que apoiou Lula no segundo turno.

Embora participe de diversos eventos no Estado, Simone não tem a mesma aceitação de quando eleita senadora, em 2014. Ciente da rejeição, ela nem cogita, pelo menos por enquanto, concorrer a mandato no Estado no próximo ano.

O Partido dos Trabalhadores (PT) também não enfrenta dias bons no Estado. Na eleição do ano passado, o partido não conseguiu eleger nenhum prefeito e também não possui nomes interessados em disputar o governo.

O PT hoje é da base de Eduardo Riedel (PSDB), o que deve inviabilizar uma candidatura própria no partido. O vice-presidente do PT em MS, Humberto Amaducci, criticou, recentemente, em entrevista ao InvestigaMS, a presença do PT no governo tucano.

Amaducci afirmou que os cargos ocupados são de indicação de Zeca do PT e Vander Loubet (PT) e defendeu a entrega para que o partido se prepare para a disputa no próximo ano.

"É preciso entregar os cargos que o PT ocupa no governo do PSDB e que em 2026 tenhamos palanque para o companheiro Lula, com candidatura própria ao Governo e Senado Federal", opinou.

Já o deputado Zeca do PT disse que ainda é cedo para qualquer posição e preferiu desconversar quando confrontado que Riedel não deve apoiar Lula e , mais que isso, está próximo de Jair Bolsonaro (PL).

"Não sei. Nunca ouvi essa afirmação da parte dele. Vamos esperar", respondeu Zeca.

Popularidade baixa

Pesquisa divulgada recentemente na Capital revelou que 68,93% da população desaprova a gestão de Lula, contra 26,70% que aprova e 4,37% que não sabe ou não quis responder ao questionário.

A margem de erro é de 4,9 pontos porcentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Foram entrevistadas 412 pessoas no período de 20/01 a 22/01.