Hospital Regional de Corumbá será construído até 2031, anuncia governo

O município de Corumbá - distante 426 km de Campo Grande - terá um Hospital Regional até 2031. O anúncio oficial foi feito nesta quinta-feira (06) pelo governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB).

Assim, acordo firmado com a prefeitura de Corumbá prevê que o hospital deverá ficar pronto em até seis anos a partir da homologação do termo entre as partes, que ainda deve passar pelo crivo da Justiça. Isso porque é fruto de ação civil pública.

A ação tratou sobre a saúde no município, em especial à Santa Casa de Corumbá, que é administrada pela prefeitura como interventora desde 2010.

Durante o anúncio, Riedel falou em avançar em projetos estruturantes. "Uma visão da melhoria do serviço público em todas as áreas".

O prefeito de Corumbá, dr. Gabriel (PSB) pontuou que um dos problemas da saúde no município pantaneiro é a falta de UTI Neonatal, além de estrutura precária. "A situação hoje da saúde encontra-se caótica. A gente pegou, por exemplo, a parte da rede básica, sem credenciamento, sem processos licitatórios, ou processos licitatórios cancelados, também que não estão andando. Então, isso repercute na população, a falta de medicamentos, um atendimento de qualidade. E, no setor do hospital, hoje, infelizmente, encontra-se inchado. Então, a gente vai ter que rever a própria folha, já estamos revendo a própria folha de pagamento e reestruturando as equipes", explicou.

A medida é decorrente de decisão judicial através de ação civil pública do MP (Ministério Público) de MS. "Foi estabelecida a obrigação que o Estado, no prazo máximo de 6 anos, deve construir para gestão própria ou por intermediação de terceiros", explicou o procurador-geral de Justiça, Romão Júnior.

Para a construção, o município informou que irá doar uma área de 30 mil metros quadrados, localizada no bairro Popular Velha, próximo à Unicesumar.

Por fim, o secretário estadual de saúde explicou que a construção do hospital vai ajudar a desafogar o atendimento em Campo Grande. "Nós temos considerado essas duas cidades [Corumbá e Ladário] como uma área mais remota, por conta da dificuldade logística de transporte de pacientes, então aquela região precisa, por conta da população e dessas distâncias que interferem na logística, de uma unidade hospitalar que seja resolutiva, que impeça ou que evite o transporte desnecessário de pacientes para a Capital", pontuou.