Projeto leva estudantes ao maior manguezal contínuo do planeta
Baixar Tocar O projeto Escola Vai ao Mangue, promovido pelo Instituto Peabiru com apoio da Petrobras, leva estudantes para vivências práticas no maior manguezal contínuo do planeta, localizado na costa amazônica.
O projeto Escola Vai ao Mangue, promovido pelo Instituto Peabiru com apoio da Petrobras, leva estudantes para vivências práticas no maior manguezal contínuo do planeta, localizado na costa amazônica.
A região traz benefícios ambientais, como lembra Marcos Fernandes, coordenador do Laboratório de Ecologia dos Mangues da Universidade Federal do Pará (UFPA).
"Essa região é de grande importância ecológica, ela é de grande importância socioeconômica e de grande importância cultural. Do ponto de vista ecológico, eles servem como berçários para diversas espécies marinhas e terrestres. Nas espécies marinhas, inclui os peixes, os crustáceos, todos os mariscos que a gente pode observar em áreas de manguezal e é essencial para a biodiversidade e da pesca local".
Durante as atividades de projetos nos mangues paraenses, os alunos têm a oportunidade de interagir diretamente com o ecossistema, conhecendo espécies como o mangue vermelho, o mangue preto e o mangue branco, além de animais como o caranguejo-uçá.
O manguezal da costa amazônica, que se estende por 679 quilômetros entre o Pará e o Maranhão, é o maior do mundo em extensão contínua. Esse ecossistema mistura água doce e salgada, abriga espécies como o turu, um molusco, e o ajuru, fruto, fundamentais para a cultura alimentar e economia local.
John Gomes, gestor do projeto Mangues da Amazônia, do Instituto Peabiru, comenta a necessidade de conhecer a realidade local.
"Conhecer esse ecossistema, conhecer as pessoas que interagem, como esse meio ambiente interage entre si, é muito importante. Então, estudar os manguezais antes mesmo de aplicar um projeto nessas comunidades e nessa região costeira é de suma importância, porque a gente vai ser assertivo no momento de fazer alguma intervenção nesse ecossistema".
Em ano de COP30, projetos como o do Instituto Peabiru são importantes, visando a conservação e o diálogo da educação ambiental, como explica John Gomes.
"Quando você pensa em COP30 para o Brasil, já é bem amplo e muitas pessoas não entendem. Quando fala de Amazônia, filtra mais ainda. E aí quando a gente entra para as escolas e na questão da educação, é o momento de a gente apresentar para eles a importância do meio ambiente, de trabalhar em contexto ambiental, respeitando o ambiente, respeitando as pessoas, a gente vai estar contribuindo para as mudanças climáticas do mundo. Então, a importância dos projetos nesse sentido de educação ambiental é sensibilizar as pessoas para que a gente consiga recuperar, onde é preciso recuperar, e conservar, nas áreas ainda conservadas".