De acordo com o Corpo de Bombeiros, o corpo havia sido localizado havia dois dias, porém a operação para a retirada foi mais complexa do que estava prevista devido às condições instáveis do tempo. Segundo os bombeiros, o corpo do caminhoneiro foi encaminhado para a Polícia Científica para perícia.
Na quarta-feira, 30, o Estadão conversou com a irmã da vítima, a empresária Marina de Souza Iavorski, de 38 anos. Ela contou que o irmão estava viajando de Joinville (SC) para Curitiba com o veículo descarregado. Ele carregaria o caminhão com peças automotivas em na capital parananese e seguiria viagem.
"Nós conversamos cerca de meia hora antes, eu mandei um print pra ele que estava tendo deslizamento ali na serra. Aí não falei mais. Mandei mensagem umas 9 horas da noite (de segunda) e ele não recebeu mais", afirmou. A família sabia que o caminhão dele estava envolvido no acidente por causa do rastreador do veículo.
A primeira vítima, o caminhoneiro João Maria Pires, de 60 anos, foi enterrado na manhã desta quinta, em São José dos Pinhais (PR). No fim da manhã, a estimativa de potenciais vítimas, inicialmente prevista em torno de 30 pessoas, foi reduzida pelos bombeiros com o avanço do trabalho de resgate. Até o momento, duas pessoas morreram e seis foram resgatadas com vida do local.
Remoção de terra
O relatório do gabinete de crise do governo do Paraná informou que as equipes dos bombeiros e da concessionária Arteris Litoral Sul começaram na tarde desta quinta a remoção de terra da pista sentido sul. Pela manhã, ocorreu a liberação do sentido norte, o que, segundo o gabinete, permitiu o avanço na operação de resgate, que passou de 60 horas.
O boletim explicou que o volume de terra é bastante elevado na pista sul, o que torna a operação sensível. Estão sendo usados guinchos e maquinários pesados. Conforme o relatório, quase todos os veículos pesados que estavam visíveis foram removidos. Há previsão de chuva para a noite desta quinta no local.