A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), ainda não definiu quem será o líder dela neste início de novo mandato. Em crise com vereadores da própria base, a prefeita tem dificuldade para encontrar uma liderança. A reportagem questionou vereadores da base, secretário de Governo e até a prefeita sobre o novo líder, mas ninguém soube informar quem ficará com a missão.
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O vereador Beto Avelar (PP) já avisou que, por problemas pessoais, não poderá continuar na função. Professor Riverton e Delei Pinheiro, ambos do PP, da prefeita, também não têm interesse.
No grupo mais próximo, sobram apenas vereadores de primeiro mandato: Maicon Nogueira (PP), Wilson Lands (Avante) e Leinha (Avante). Dos três, apenas Maicon se mostrou disposto a assumir a vaga, caso seja convidado.
A prefeita não vive um momento muito bom com os vereadores da base. Eles demonstram insatisfação com a primeira conversa que tiveram com Adriane.
A insatisfação animou uma boa parte da Câmara que figura entre independentes e oposição. Alguns já avaliam, inclusive, a criação de um blocão, com dez vereadores, que fariam oposição na Câmara.
Sem vereadores mais próximos interessados na função, o vereador Herculano Borges (Republicanos) surge como um dos cotados, por conta da experiência como vereador e deputado e o tom mais moderado.
Adriane teve apoio, no segundo turno, de 16 dos 29 vereadores eleitos. Além dos já citados, Rafael Tavares (PL); Carlão (PSB); André Salineiro (PL); Ana Portela (PL); Neto Santos (Republicanos); Ronilço Guerreiro (Podemos); Papy (PSDB); Otávio Trad (PSD) e Clodoilson Pires (Podemos).
Papy e Carlão não podem assumir a função porque ocupam os cargos de presidente e primeiro secretário, respectivamente. Com isso, sobram poucas opções para defender a gestão municipal na Câmara.
Foto: Izaias Medeiros/Câmara