Ex-vereador alega ferida na perna e prejuízo financeiro para tirar tornozeleira
O ex-vereador de Campo Grande, Claudinho Serra, tenta, mais uma vez, se livrar da tornozeleira eletrônica que utiliza desde que foi preso, em abril do ano passado, na Operação Tromper, do Gaeco.
O ex-vereador de Campo Grande, Claudinho Serra, tenta, mais uma vez, se livrar da tornozeleira eletrônica que utiliza desde que foi preso, em abril do ano passado, na Operação Tromper, do Gaeco.
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A defesa do vereador apresentou pedido ao juiz da Vara Criminal de Sidrolândia, Fernando Moreira Freitas da Silva, com alegação de que o cliente não descumpriu medidas e a tornozeleira causa irritações e feridas na pele.
A defesa alega ainda que, após a perda de mandato, Claudinho retornou a atividade de produtor rural e demora mais de cinco horas na estrada para se deslocar até a propriedade rural e voltar para casa.
"O tempo de deslocamento diário de mais de 05 horas (ida e volta) reduz consideravelmente sua jornada de trabalho efetiva, comprometendo sua produtividade e, consequentemente, sua renda", justificou a defesa.
Claudinho é obrigado a dormir em casa todos os dias, precisando retornar da fazenda. Além disso, alega que precisa carregar a tornozeleira na sede da fazenda, o que dificulta o trabalho. Em outubro do ano passado, o juiz Fernando Moreira determinou que ele use tornozeleira e cumpra medidas administrativas por mais seis meses, até abril deste ano.
"Verificou-se, à primeira vista, que o cometimento dos crimes que violaram o caráter competitivo de inúmeros processos licitatórios, aliado ao desvio de dinheiro público, face à não prestação ou não entrega dos produtos contratados, causou vultuoso dano ao erário, a resultar, necessariamente, em prejuízo de toda a sociedade", ponderou o juiz.
Os promotores do Ministério Público Estadual, Bianka M. A. Mendes e Adriano Lobo Viana de Resende, já haviam dado parecer contrário à retirada da tornozeleira eletrônica do vereador afastado de Campo Grande, Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, e Carmo Name Júnior.
Os promotores entendem que não há qualquer fato novo que implique a substituição da medida de monitoração eletrônica e que Claudinho já teve vantagem ao conseguir revogação da prisão. "O mínimo que se espera é o cumprimento das medidas cautelares diversas da prisão cumulada com a monitoração eletrônica".
O MPE reforçou "a necessidade de se interromper ou diminuir a atuação de integrantes de organização criminosa enquadra-se no conceito de garantia da ordem pública, sendo, pois, a intenção do monitoramento eletrônico evitar que a organização criminosa continue as suas atividades, sem que ocorra encontros e contatos entre os investigados na perpetuação da atividade ilícita".