O advogado Marcos Ivan Silva, que representa o suspeito de ter assassinado a empresária Mirielle Santos, de 26 anos, afirmou que está negociando a apresentação do cliente às autoridades. O crime ocorreu na madrugada deste sábado (22), em Água Clara, região leste de Mato Grosso do Sul.
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De acordo com a defesa, Mirielle foi atingida no abdômen por um disparo acidental durante uma discussão com o suspeito, de quem estava separada há cerca de cinco meses. "Eles não estavam mais juntos. Ele estava em casa, dando uma festa, inclusive o irmão dela estava lá, e ela chegou ao local. Eles discutiram, acredito que por ciúmes, ela pegou a arma, houve uma confusão e, nesse momento, a arma disparou, acertando a vítima. Foi um acidente", defendeu o advogado.
Segundo o boletim de ocorrência, o casal estava em um quarto da residência quando testemunhas ouviram os disparos. O irmão da empresária entrou na casa e a encontrou ferida. Ele levou Mirielle para o carro do suspeito, e seguiram para o hospital da cidade. No entanto, após deixar a vítima na unidade de saúde, o suspeito fugiu, abandonando o veículo nas proximidades.
A polícia realizou diligências na casa do suspeito e encontrou um pote com munições de calibre .22 intactas. No quarto onde ocorreu o crime, os agentes localizaram um revólver calibre .38 municiado com seis cartuchos, sendo três deflagrados e três intactos.
O advogado da defesa reforçou que a apresentação do cliente está condicionada a uma determinação da Polícia Civil. "Precisamos da decisão do delegado para definir se ele será apresentado ou não", afirmou.
Histórico criminal do suspeito
Além do feminicídio de Mirielle, o suspeito tem um histórico de violência. Em 2016, ele foi acusado de matar a tiros Cleiton Eduardo dos Santos, mas foi absolvido sob a alegação de legítima defesa.
Já em junho de 2023, ele teria esfaqueado uma pessoa durante uma discussão na rua. A vítima foi socorrida por terceiros e levada ao hospital, enquanto o suspeito foi detido e encaminhado à delegacia. Na ocasião, o caso foi registrado como lesão corporal.
Agora, a Polícia Civil segue investigando o caso de feminicídio em Água Clara e busca localizar o suspeito para que preste depoimento.