Eleição de 2026 terá redução de partidos e candidatos
A eleição de 2026 terá como marca o enxugamento do número de partidos e, consequentemente, de candidatos.
A eleição de 2026 terá como marca o enxugamento do número de partidos e, consequentemente, de candidatos.
CLIQUE AQUI PARA SEGUIR O INVESTIGAMS NO INSTAGRAM
Até o momento, ninguém se lançou como candidato ao Governo do Estado, o que deve influenciar ainda mais na construção das chapas, já que os partidos tendem a reduzir investimento.
Com a redução do número de partidos, a expectativa é de que o número de votos por candidato aumente, já que a concorrência será menor. Com isso, os pré-candidatos já estão focados nas contas para saberem onde as chances são mais reais.
Em Mato Grosso do Sul, o grupo ligado a Eduardo Riedel (PSDB), por exemplo, quer trabalhar com quatro partidos, reduzindo consideravelmente o número de candidatos.
O PSDB vive a expectativa de uma fusão e tem alguns partidos que pretende fazer aliança no Estado. Figuram neste grupo de aliados de primeira hora o Republicanos, PSD e Podemos, que inclusive são cotados para fusão.
Outros partidos estão próximos a Riedel ou Reinaldo Azambuja e também esperam entrar neste grupo. É o caso do União Brasil e MDB, que têm como lideranças Rose Modesto e André Puccinelli, respectivamente.
O PL, que tem como principal liderança Jair Bolsonaro, também pode entrar neste grupo próximo a Riedel. Isso depende de Reinaldo Azambuja, que se comprometeu a se filiar ao PL, quando convenceu Bolsonaro a apoiar Beto Pereira.
O Partido dos Trabalhadores (PT) também deve sobreviver ao corte da cláusula de barreira. Com dois deputados federais e três estaduais, o partido transita praticamente sozinho no campo mais da esquerda em MS.
PDT e PSB também devem optar por uma fusão para sobreviverem, mas devem enfrentar dificuldade para construção da chapa. Líderes do PSB, o deputado Paulo Duarte e o vereador. Carlão já avisaram que deixarão a sigla se a fusão se confirmar.
Cláusula de barreira
A cláusula de barreira foi criada para impor aos partidos políticos critérios para que possam acessar os recursos do fundo partidário e o tempo de rádio e TV, tendo como condição o desempenho nas eleições federais.
Em 2026, as exigências para sobrevivência dos partidos é ainda maior. As siglas precisarão de, no mínimo, 2,5% dos votos válidos nas eleições para a Câmara dos Deputados, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação, com um mínimo de 1,5% dos votos válidos em cada uma delas. Ou a eleição de pelo menos 13 deputados federais, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação.
Na eleição de 2022, por exemplo, apenas quatro partidos elegeram deputados federais em Mato Grosso do Sul: PSDB (três), PL (dois), PT (dois) e PP (um).
União Brasil, PSD, MDB e PRTB lançaram candidatos competitivos ao Governo do Estado, mas não conseguiram eleger deputado federal.
Com nove candidatos por chapa, considerando o quociente eleitoral, seriam necessários, aproximadamente, 15 mil votos por candidato para eleger pelo menos um, o que dificilmente acontece.
No PSD, por exemplo, na última eleição, Fábio Trad teve 43.881 votos e foi o oitavo mais votado, mas o partido não conseguiu votos para eleger um. O segundo colocado no partido, Júnior Coringa, teve apenas 12.241 votos, o terceiro, Chicão Viana, 9.545 e o quarto, Jorge Martinho, 5.179 votos.
A dificuldade tende a desanimar ainda mais os candidatos, visto que os favoritos devem evitar arriscar as fichas em siglas sem chance de eleger pelo menos um.