O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou a apelação de Messias Cordeiro da Silva, condenado a 45 anos de prisão por feminicídio pelo assassinato da ex-namorada Karolina Silva Pereira, de 22 anos, e por homicídio qualificado, pela morte de Luan Roberto de Oliveira, de 24 anos, amigo dela.
A decisão foi tomada pela 2ª Câmara Criminal do TJ-MS, que analisou o recurso apresentado pela defesa do réu. A defesa alegou violação à ampla defesa, nulidade da sentença e exclusão da qualificadora do feminicídio, entre outros pontos.
No entanto, o relator do processo, Desembargador Carlos Eduardo Contar, entendeu que não houve violação à ampla defesa e que a sentença foi proferida de acordo com as provas produzidas e a legislação vigente. Além disso, o relator também entendeu que a qualificadora do feminicídio foi corretamente aplicada, pois o réu cometeu o crime contra uma mulher com quem tinha uma relação íntima.
A decisão foi unânime, e os demais desembargadores da 2ª Câmara Criminal concordaram com o relator. Com a decisão, a condenação do réu foi mantida, e ele permanecerá preso.
Messias cumpre a pena desde abril do ano passado, quando foi condenado a 45 anos de prisão. Na época, a sentença foi proferida pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluísio Pereira dos Santos, que determinou pena de 22 anos por feminicídio, 20 anos por homicídio qualificado, e 3 anos por porte ilegal de arma de fogo. O réu também foi condenado a pagar indenização de R$ 15 mil para a família das vítimas.
O crime
O caso acima ocorreu no Jardim Colibri, em Campo Grande, em 30 de abril de 2023. Karolina foi morta com um tiro na cabeça pelo ex-namorado Messias. Luan Roberto, amigo dela, também foi atingido e morreu no local.
Na ocasião, Karolina chegava em casa, na Rua Enzo Ciantelli, quando foi atingida por um disparo na cabeça efetuado por Messias, que não aceitava o término do relacionamento. Ela teve perda de massa encefálica, sendo socorrida em estado gravíssimo para a Santa Casa, onde morreu três dias depois.
Karolina estava na companhia do amigo Luan quando sofreu a emboscada de Messias. O jovem também foi assassinado a tiros pelo suspeito, que se apresentou no mesmo dia e confessou o crime.
Após atirar contra Karolina, Messias ainda mandou áudios com conteúdos covardes e fazendo deboche do crime para a mãe da Karolina.