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Felipe Melo cobra astros após racismo com Luighi

(UOL/FOLHAPRESS) - Felipe Melo usou as redes sociais para desabafar sobre o caso de racismo com Luighi, do Palmeiras.


(UOL/FOLHAPRESS) - Felipe Melo usou as redes sociais para desabafar sobre o caso de racismo com Luighi, do Palmeiras.

O ex-jogador e agora comentarista do sportv fez uma cobrança e pediu união à classe dos jogadores. Ele citou a discussão grama sintética x natural e espera que os jogadores façam o mesmo quando o assunto é racismo.

"As grandes estrelas se uniram por causa de grama sintética x natural. Vejo que é o momento de se unir contra esse crime, o racismo. O jogador de futebol tem poder para exterminar o racismo no futebol", disse o ex-jogador em vídeo no Instagram.

Felipe Melo sugeriu que os jogadores não entrem em campo diante de um novo episódio de racismo. O ex-jogador pediu atitude ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, e pediu cadeia aos envolvidos.

"Temos que nos unir, faço parte do mundo do futebol. Pedir para as autoridades no Brasil... o presidente da CBF tem que se manifestar, não pode ficar só no falar, tem que tomar atitude, temos que virar exemplo quanto a isso. As pessoas vêm ao Brasil e fazem isso com certeza da impunidade. É cadeia. Tem que ser preso

Os atletas, grandes estrelas, têm que se unir nesse momento. A união faz a força. Se acontecer de novo, ninguém vai entrar em campo. Não sei, não sei... Tem que se unir, não se uniram em relação à grama natural e sintética?"

VEJA TUDO O QUE ELE DISSE

"Estou sem saber o que falar com o acontecimento com o Luighi. Confesso que fiquei muito triste, vídeo dele chorando me deixou... sou pai, né? Pai de atleta. Acabou com meu dia. Fiquei triste demais. Eu sei que a gente está falando do acontecido em outro país, sei que a Conmebol não vai deixar isso passar em branco, sei que eles vão fazer algo. A gente pede que isso aconteça, que sejam fortes em busca de punir o criminoso. Sei que isso vai acontecer.

Queria trazer para o nosso país, as grandes estrelas se uniram por causa de grama sintética x natural. Vejo que é o momento de se unir contra esse crime, o racismo. O jogador de futebol tem poder para exterminar o racismo no futebol. Então, é o momento da classe se unir mais do que nunca. Confesso, sou pai de atleta, se acontece isso no jogo, não sei o que faria. Imagina os pais do Luighi vendo o filho chorar. Cortou meu coração, estou muito triste.

Temos que nos unir, faço parte do mundo do futebol. Pedir para as autoridades no Brasil... o presidente da CBF tem que se manifestar, não pode ficar só no falar, tem que tomar atitude, temos que virar exemplo quanto a isso. As pessoas vêm ao Brasil e fazem isso com certeza da impunidade. É cadeia. Tem que ser preso. Mas mais do que nunca... Os atletas, grandes estrelas, têm que se unir nesse momento. A união faz a força. Se acontecer de novo, ninguém vai entrar em campo. Não sei, não sei. Mas tem que se unir, não se uniram em relação à grama natural e a sintética? Estou muito triste. Meu total apoio ao Luighi".

CASO DE RACISMO

Luighi foi alvo de racismo durante o jogo contra o Cerro Porteño, na última quinta-feira, pela Libertadores sub-20, no Paraguai. A partida foi disputada no estádio Ghunter Vogel, na cidade de San Lorenzo.

Luighi levou uma cusparada, denunciou xingamento de "macaco" ao árbitro da partida e chorou no banco de reservas. Ele desabafou na entrevista após o jogo e se revoltou com a falta de uma pergunta sobre o episódio. A entrevista foi feita por um prestador de serviço da transmissão oficial da Conmebol, que é instruído protocolarmente a perguntar sobre o jogo, segundo apurou o UOL. O atleta voltou a ir aos prantos.

"É sério isso? Vocês não vão perguntar sobre o ato de racismo que fizeram comigo? É sério? Até quando a gente vai passar isso? Me fala... até quando a gente vai passar isso? O que fizeram comigo foi um crime, pô. Vocês vão perguntar sobre o jogo mesmo? A Conmebol vai fazer o que sobre isso? CBF, sei lá. Você não vai perguntar sobre isso? Não ia, né? Você não ia perguntar sobre isso. O que fizeram foi um crime comigo, pô. A gente é formação. Aqui é formação, pô. A gente está aprendendo aqui" - Luighi, na saída de campo

O Palmeiras divulgou nota condenando os atos racistas e disse que "irá até as últimas instâncias para que todos os envolvidos em mais esse episódio repugnante de discriminação sejam devidamente punidos".

Já a Conmebol afirmou, também em nota, que "medidas disciplinares apropriadas serão implementadas, e outras ações estão sendo avaliadas em consulta com especialistas da área".

O Palmeiras venceu o jogo por 3 a 0. Riquelme Fillipi marcou dois gols, e Erick Belé anotou o outro. O time paulista chegou aos seis pontos e se isolou na liderança do grupo após a segunda rodada.

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