Nos últimos meses, o Partido dos Trabalhadores (PT) tem observado um aumento significativo no número de novas filiações, o que tem gerado questionamentos internos, especialmente em um momento crítico, próximo à eleição presidencial do partido. O prazo para integrar o colégio eleitoral do PT encerrou-se em 28 de fevereiro, registrando um total de 341.315 membros. O aumento de 13% resultou em 2.940.000 petistas registrados. No entanto, quase 10.000 dessas novas filiações já foram contestadas internamente em diversos municípios, e o número de impugnações pode aumentar até 15 de março, data limite para tais pedidos.
As informações são do jornal Folha de São Paulo, que destaca a preocupação de pelo menos duas correntes internas do partido com o crescimento suspeito de filiados em várias cidades, inclusive em locais onde o PT teve desempenho eleitoral fraco no ano anterior.
O aumento mais significativo de filiações foi registrado em Pedra Branca, no Ceará, com um crescimento de 298%. Outros aumentos expressivos ocorreram em Vieirópolis, no Pará, com 277%, em Icó, no Ceará, com 270%, em Maceió, com 160%, e em Maricá, no Rio de Janeiro, com 111%. Este crescimento expressivo no número de filiados ocorre poucos meses antes da eleição que definirá a nova presidência do PT, cargo que era ocupado por Gleisi Hoffmann, agora ministra das Relações Institucionais. A proximidade das eleições internas do partido torna o fenômeno ainda mais intrigante, levantando suspeitas sobre possíveis manobras políticas.
O presidente interino do PT, senador Humberto Costa, declarou que tanto o número de filiações quanto os pedidos de impugnação estão dentro do esperado e que o partido possui instâncias adequadas para investigar todos os casos.
*Com informações de André Anelli
*Reportagem produzida com auxílio de IA