MPE realiza operação contra injúria praticada por professora universitária na rede social

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da 67ª Promotoria de Justiça da Comarca de Campo Grande e da Unidade de Combate aos Crimes Cibernéticos, deflagrou, nesta terça-feira, a Operação Discrimen.

Foto: Investiga MS

Foto: Investiga MS

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da 67ª Promotoria de Justiça da Comarca de Campo Grande e da Unidade de Combate aos Crimes Cibernéticos, deflagrou, nesta terça-feira, a Operação Discrimen.

Segundo o MPE, a operação apura crime de injúria racial praticado por meio de rede social, com utilização de perfil comercial para a veiculação de mensagens de conteúdo discriminatório.

A investigação teve início a partir de uma notícia-crime registrada por uma vítima, que relatou ter sido alvo de ofensas de cunho racial, publicadas em perfil mantido na plataforma Instagram.

Durante a investigação, os policiais identificaram elementos que vinculam o perfil investigado a uma professora universitária, curiosamente, com pesquisa de doutorado voltada a estudar a influência da linguagem africana no português e sua utilização em comunidades quilombolas.

A operação recebeu o nome de Discrimen por ser uma expressão com origem no Latim que remete ao conceito de "discriminação" ou "separação", que atenta contra a igualdade e a dignidade da pessoa humana por razões étnico-raciais.

Investigação Similar em Nova Alvorada do Sul

Em Nova Alvorada do Sul, um caso semelhante está sendo investigado após uma internauta se sentir ofendida por uma publicação feita na página "Pra O Povo" no Facebook. Nossa redação teve acesso ao boletim de ocorrência, no qual a vítima formalizou a queixa-crime. Nos prints anexados, é possível identificar os indivíduos que comentaram e curtiram o post, que também serão responsabilizados. A investigação está sendo conduzida sob sigilo pela delegacia especializada em crimes cibernéticos de Campo Grande.