A autorização constava em bula somente para maiores de 18 anos. Entretanto, o Ministério da Saúde já recomendava a aplicação para adolescentes com 12 anos ou mais.
Segundo a agência reguladora, foram avaliados dados clínicos enviados pela empresa. A conclusão foi de que os benefícios da alteração superam os riscos na aplicação da dose de reforço nessa faixa etária.
"As vacinas contra a Covid-19 têm apresentado, de forma geral, o decaimento dos anticorpos com o tempo, justificando a avaliação periódica da necessidade de aplicação de doses de reforço, com o objetivo de manter níveis adequados de anticorpos capazes de neutralizar o vírus causador da doença", disse a Anvisa, em nota.
O uso da vacina no Brasil está autorizado desde 23 de fevereiro de 2021, com indicação para imunização de ampla faixa etária, iniciando-se a partir de 6 meses de idade.
A diretoria colegiada da Anvisa também aprovou no mês passado o uso emergencial de duas vacinas bivalentes contra a Covid-19 produzidas pela Pfizer.
A vacina bivalente oferece imunização contra mais de uma cepa do coronavírus. A primeira versão apresentada pela fabricante foi desenhada com a cepa original do Sars-CoV-2 e a ômicron BA.1, que se alastrou rapidamente por todo o mundo.
Também houve a aprovação de uma nova versão da vacina que possui a cepa original do vírus e conta com as subvariantes BA.4 e BA.5.
A CTAI (Câmara Técnica Assessora em Imunizações) recomendou ao Ministério da Saúde na última quarta (30) que as vacinas bivalentes contra a Covid-19 sejam utilizadas como dose de reforço somente em grupos de maior risco, como idosos, imunossuprimidos e gestantes.
Para outros públicos, como jovens sem comorbidades, faltam evidências sobre as vantagens que um novo reforço traria em evitar gravidades pela doença.