Após mais um pico da Covid-19 provocado por subvariantes da Ômicron, o Estado de São Paulo registra uma queda no número de casos da doença. No entanto, as confraternizações de fim de ano podem potencializar o contágio novamente. Autoridades de saúde reiteram a necessidade de completar o esquema vacinal contra o coronavírus. Em entrevista nos estúdios da Jovem Pan, o secretário da Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn, ainda prega a cautela. “Nós vivemos um momento em que, apesar do aumento do número de casos, isso não impactou sobre maneira os nossos serviços de saúde, nem tão pouco a gravidade que a doença poderia ter naquele período em que nós tivemos a primeira e a segunda onda, quando nós não tínhamos a vacina. A vacina, portanto, se consagrou como importante para proteger formas graves e fatais. Mas é importante que a população realmente faça uso da vacina. Nós temos dez milhões de pessoas que deveriam ter feito a primeira dose, incluindo crianças, e que não fizeram. Nós temos sete milhões que deveriam ter tomado a segunda dose e não o fizeram. E quando nós vamos olhar a quarta dose, nós temos apenas 38% da população acima de 18 anos e que não recebeu o imunizante porque não foi aos postos de saúde tomar essa proteção”, diz.
Gorinchteyn espera que o Brasil tenha vacinas atualizadas já no ano que vem. O titular da Saúde de São Paulo destaca que os encontros de fim de ano e até a Copa favorecem a transmissão: “A medida que nós fomos percebendo outras variantes surgindo, naturalmente o incremento com outras doses se fez necessário para aumentar a taxa de proteção, os anticorpos, e mantê-los por períodos mais prolongados. Por isso chegamos até a quarta dose e a quinta dose já para públicos específicos, pessoas acima de 18 anos com problema na sua imunidade, mas nós temos que vacinar e é por isso que nós conclamamos a população que atualize a sua proteção, principalmente agora que nós estamos em períodos em que as pessoas se aglomeram mais, seja por compras, nas lojas, nos shoppings, as confraternizações de final de ano, da própria Copa. Então é importante que as pessoas, nesse momento, já que nós temos a circulação de duas subvariantes da Ômicron, que têm uma transmissividade maior, devam sim estar protegidas”, explica. De acordo com o secretário, a desigualdade na vacinação no mundo retarda o fim da pandemia. Ele defende ainda o aumento dos repasses na tabela do SUS para melhorar a oferta de serviços de saúde no Brasil
*Com informações do repórter Paulo Edson Fiore