Em 2022, quando a Eldorado Brasil Celulose completou 10 anos, a fábrica atingiu a meta de produção estipulada apenas para 2023. Instalada em Três Lagoas, a 326 quilômetros de Campo Grande, foram 16,5 milhões de toneladas de celulose produzidas desde novembro de 2012, número previsto para ser alcançado apenas no 11º aniversário da empresa.
No projeto inicial estava previsto 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano, mas desde que foi inaugurada, está operando 20% acima da capacidade nominal projetada. Além disso, no último trimestre deste ano, a empresa bateu um novo recorde e chegou a 476 mil toneladas de celulose produzidas em 3 meses.
Com todos os recordes quebrados na produção em Mato Grosso do Sul, a fábrica pretende expandir escoação e, em 2021, começou a construir um terminal da Eldorado Brasil no Porto de Santos (SP), projeto de R$ 500 milhões.
A área, de mais de 50 mil metros quadrados, poderá receber uma composição inteira com até 72 vagões e dois navios simultaneamente, o que triplicará a capacidade de escoamento da celulose, com previsão para 4,2 milhões de toneladas por ano, além de gerar redução dos custos de logística.
Com início das atividades previsto para meados de 2023, o terminal será responsável pela exportação de 90% da celulose produzida em Três Lagoas para mais de 40 países.
Energia - A energia utilizada para a produção da Eldorado foi gerada pela Usina Termelétrica Onça Pintada, localizada ao lado da fábrica de celulose. Foram aproximadamente 241 mil MWh (megawatts) em 2021. Já a fábrica produziu 1,549 milhão de MWh.
Com investimento de R$ 400 milhões, a energia gerada lá é suficiente para abastecer uma cidade de 700 mil habitantes, com capacidade instalada de 50 MW. A companhia tem autorização para ofertar energia renovável da Onça Pintada ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Em 2021, a usina produziu 240.988 mil MWh, obtendo receita de R$ 76 milhões.
Receita - Eldorado Brasil fechou o terceiro trimestre deste ano com receita recorde de R$ 2,324 bilhões, EBITDA (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização_ ajustado de R$ 1,430 bilhão, com margem de 62%, e lucro líquido de R$ 1,086 bilhão. Os bons resultados permitiram à empresa ter uma geração de caixa livre de R$ 906 milhões no período e o menor nível de alavancagem da história da empresa, em 0,84 vezes.
O preço médio da tonelada de celulose chegou a US$ 876, aumento de 13% em comparação com o trimestre anterior. Já o endividamento líquido, em 30 de setembro de 2022, foi de R$ 3,479 bilhões, 21% e 39% inferior ao 2T22 e 3T21, respectivamente, devido à liquidação de dívidas que ocorreram durante os últimos períodos. Ao somar-se o resultado dos derivativos, a dívida líquida foi de R$ 3,312 bilhões, a menor da história da companhia.