A nova presidente do Peru, Dina Boluarte, anunciou nesta terça-feira, 13, que telefonará para os presidentes de Argentina, Bolívia, Colômbia e México, que emitiram na segunda, 12, um comunicado conjunto no qual declararam que ainda consideram Pedro Castillo o líder da nação. Castillo está detido desde a quarta-feira da semana passada após um autogolpe fracassado. “A chanceler já tem a indicação para mais tarde, vou me comunicar pessoalmente por telefone com os presidentes de México, Colômbia, Argentina, embora o presidente da Argentina na própria quarta-feira tenha ligado para me parabenizar por assumir como presidente da República. Não entendo por que mudou de opinião agora, mas voltarei a me comunicar com ele e me comunicarei com o presidente da Bolívia”, destacou Boluarte.
Diante da imprensa no Centro de Operações de Emergência Nacional, localizado no distrito de Chorrillos, em Lima, a presidente respondeu ao comunicado emitido na segunda-feira, 12, por seus homólogos da Argentina, Alberto Fernández; da Colômbia, Gustavo Petro; da Bolívia, Luis Arce; e do México, Andrés Manuel López Obrador. No comunicado publicado pela chancelaria colombiana, os quatro países afirmaram que Castillo está sendo “objeto de tratamento judicial violatório” e pediram que seja respeitada a “vontade cidadã” expressada nas urnas pelo povo peruano. Além disso, expressaram “sua profunda preocupação com os recentes acontecimentos que resultaram na destituição e detenção de José Pedro Castillo”, a quem ainda consideram presidente do Peru.
“O próprio ex-presidente Pedro Castillo foi quem deu o golpe, queria fechar o Congresso e assumir imediatamente os poderes do Estado, como o Ministério Público, o Tribunal Constitucional e o Judiciário”, declarou Boluarte a esse respeito. No entanto, indicou que a informação que chega a esses países é de que houve um golpe de Estado em que alguém “tirou o ex-presidente do cargo”, algo que faz questão de desmentir. Boluarte também disse que se comunicará com o presidente Jair Bolsonaro, embora o Itamaraty não tenha assinado o referido comunicado e tenha parabenizado a nova presidente peruana no dia 7 de dezembro.
*Com informações da EFE