Diante desta situação, o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, chama atenção para a necessidade de cuidados nas celebrações de fim de ano. Ele recomenda o uso de máscaras adequadas no transporte público, em locais fechados ou mal ventilados e nas aglomerações. A medida é recomendada até que o cenário epidemiológico volte à situação de baixa circulação do Sars-CoV-2.
O VSR mantém presença expressiva nas crianças de 0 a 4 anos em São Paulo. Na Região Sul, o VSR também retoma o crescimento entre as crianças dessa faixa etária.
O Boletim mostra crescimento na tendência de longo prazo, ou seja, consideradas as últimas seis semanas, e estabilidade na de curto prazo, nas últimas três semanas.
Das 27 unidades federativas, 21 apresentam crescimento moderado de SRAG na tendência de longo prazo até a SE 49: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.
De acordo com a Fiocruz, nesses estados, os casos aumentam entre a população adulta e nas faixas etárias acima de 60 anos, associado ao aumento de internações associadas à covid-19.
Já no Rio de Janeiro e em São Paulo, há uma interrupção do crescimento no número de novos casos semanais em todas as macrorregiões de saúde. Na Paraíba, a queda é clara na macrorregião I, que inclui a capital João Pessoa. Nas demais macros, ainda há sinal de crescimento.
O boletim mostra que, referente ao ano epidemiológico 2022, foram notificados 279.678 casos de SRAG, sendo 131.909 (47,2%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 119.132 (42,6%) negativos, e ao menos 15.981 (5,7%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os casos positivos do ano corrente, 5% são Influenza A, 0,2% Influenza B, 9,7% VSR, e 76,9% covid-19.
Neste ano, até o momento, segundo os dados disponíveis, foram registrados 41.898 mortes notificadas de SRAG, a maioria por covid. Do total, 30.240 (72,2%) tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 9.412 (22,5%) negativos, e ao menos 907 (2,2%) aguardam resultado laboratorial. Dentre os positivos do ano corrente, 3,2% são Influenza A, 0,1% Influenza B, 0,8% vírus sincicial respiratório (VSR), e 94%, de covid-19.