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“Temos que olhar o setor privado como um amigo que pode justamente alavancar os investimentos em infraestrutura, em diversos setores de que precisamos. ( ) Precisamos ter o setor privado para aumentar nosso desenvolvimento econômico, através dos investimentos em infraestrutura.”
“Nem os municípios, os estados ou a União têm capacidade de investimento; os investimentos públicos chegaram a um recorde de baixa nos últimos anos“, disse Gesner Oliveira, sócio da consultoria GO Associados.
Ele menciona que as empresas privadas tendem a ser muito mais ágeis e eficientes tanto na gestão quanto na realização de projetos.
“O Estado e as estatais são tipicamente engessados. Há uma série de licitações, que têm que ocorrer mesmo, mas os investimentos não ocorrem com a agilidade necessária e o Brasil não dispõe da infraestrutura de que precisa”, disse.
O economista Joelson Sampaio, professor da Fundação Getulio Vargas, destacou a importância de um bom ambiente de negócios e também de agências reguladores fortes para uma agenda de privatizações e concessões benéfica tanto para as empresas quanto para os consumidores.
“É preciso ter um ambiente seguro do ponto de vista jurídico e regulatório, para manter a atividade desses investimentos”, disse.
“O investimento privado é para substituir, hoje, uma ausência da capacidade do Estado, mas não quer dizer que o Estado deixa de existir. Cabe, sim, a ele, ainda, a fiscalização e a regulação desses serviços”, acrescentou.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Painel CNN: economistas debatem futuro das privatizações no governo Lula no site CNN Brasil.