Em 2022, quase 700 mil pessoas foram diagnosticadas com câncer no país e até 2025 a estimativa é de mais 705 mil novos casos por ano. O crescimento de diagnósticos de câncer (doenças causadas pelo crescimento desordenado das células) é um problema de saúde pública mundial e no Brasil, o Ministério da Saúde tem adotado estratégias para supressão de hábitos que colaborem para o surgimento das patologias, por meio do trabalho feito pela Atenção Primária à Saúde, juntamente com a disseminação da cultura do rastreio entre os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em busca do diagnóstico e tratamento precoce, com o objetivo de reduzir a mortalidade dos pacientes.
Nos últimos quatro anos, foram 18 hospitais habilitados na alta complexidade em oncologia como referência para atendimento de mais de 100 tipos de cânceres. Ao todo, foram investidos R$ 418.210.700,86 na incorporação de novas tecnologias e medicamentos para a melhoria de vida dos doentes.
No Brasil, são 314 hospitais habilitados na alta complexidade em oncologia, confira aqui, para realizar diagnóstico e tratamento (cirurgia, quimioterapia e radioterapia) para os diferentes casos do país.
Enquanto o Ministério da Saúde desenvolve as políticas nacionais de enfrentamento às doenças, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) auxilia na coordenação de ações de combate e na articulação com as entidades que fazem os atendimentos, garantindo intercâmbio de informações e auxiliando na padronização de protocolos conforme as diretrizes da Pasta.
A extensão das linhas de cuidado do Ministério da Saúde às doenças é uma inovação da gestão com objetivo de ampliar o acesso da população aos serviços prestados. A Linha Azul, por exemplo, busca a sensibilização quanto à importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, tipo mais comum entre os homens, já que as chances de cura aumentam em 90% no estágio inicial. Foram investidos R$ 4,304.971,22 milhões em diagnóstico precoce e a tabela de pagamentos do Sistema Único de Saúde (SUS) para procedimentos de biópsia de próstata foi atualizada.
O ministro Marcelo Queiroga destaca as inovações em prol da população, como o Plano de Expansão da Radioterapia no SUS (Persus). “Temos unidades e centros de alta complexidade oncológica. O Governo Federal, através do programa Persus, aumentou o acesso dos brasileiros à radioterapia. Só no governo do Presidente Bolsonaro, foram instituídos 44 aceleradores lineares. Isso é três vezes mais do que foi feito anteriormente e mostra nosso compromisso. Nós trabalhamos para incluir novas tecnologias, que são importantes, seja para o diagnóstico ou tratamento”.
O câncer em sua fase inicial pode ser controlado. O tripé da cura considera a radioterapia, tratamento com radiações ionizantes para destruir ou impedir que as células do tumor aumentem; a quimioterapia, tratamento por meio de medicamentos para destruir as células doentes que estão formando o tumor e impedindo também que se espalhem, com o objetivo de cura ou mesmo melhoria da qualidade de vida do paciente; e por fim, a intervenção cirúrgica, que busca a retirada do tumor com objetivo de cura, sobretudo quando há detecção precoce do tumor e é possível sua retirada total. Todos os tratamentos também podem cumprir finalidades atenuantes, quando a intenção é reduzir a quantidade de células tumorais ou controlar sintomas que comprometam a qualidade da sobrevivência do paciente.
O transplante de medula óssea e cuidados paliativos também são serviços prestados no SUS. O primeiro é indicado para doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias e os linfomas e consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma medula saudável e cura. Quanto aos cuidados paliativos, a opção é para promover a qualidade de vida do paciente e seus familiares, através da prevenção e alívio do sofrimento para os casos em que os recursos para cura foram exauridos. O foco é a identificação precoce de situações possíveis de serem tratadas e o tratamento da dor e de outros sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais.