O atraso também é observado na segunda dose do esquema primário. Segundo o ministério, cerca de 19 milhões de pessoas não procuraram a segunda aplicação depois da primeira dose.
A pasta ainda informou que os dados são referentes a esta semana, mesmo que, em 12 novembro de 2022, o então ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já tenha afirmado o mesmo número de 69 milhões de pessoas sem o primeiro reforço da vacina.
O alerta vem no mesmo momento em que a pasta recomendou o reforço vacinal em crianças de 5 a 11 anos. Antes disso, o reforço da imunização só era permitida para os maiores de 12 anos.
Em relação à quarta dose, a recomendação do ministério é que ela seja destinada a pessoas com mais de 40 anos. Alguns estados, no entanto, já vacinam uma parcela mais abrangente da população com o reforço.
A aplicação de novas doses é necessária porque, com o tempo, a proteção conferida pelas vacinas pode cair. Dessa forma, reforços adicionais melhoram as respostas do sistema imune contra o vírus.
Além disso, evidências já indicam que os reforços são essenciais contra novas variantes do Sars-CoV-2 que contam com a capacidade de escape às vacinas. Uma saída mais eficaz para esses casos é utilizar fármacos atualizados a novas cepas do vírus, como as Pfizer que já desembarcaram no país.
Nesse caso, a nova secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, afirmou que a ideia é incorporar a vacina contra Covid-19 ao calendário anual do governo para pessoas do grupo prioritário –como idosos, imunossuprimidos e profissionais de saúde.
A princípio, essa atualização seria realizada com a vacina bivalente, completou Maciel.