"O Orlando (Ribeiro, técnico interino) me passou essa confiança. Contra o Palmeiras, comecei no banco, mas ela já tinha me avisado que eu ia jogar mais tempo. Não fez nada além de me dar confiança, mandar fazer o que sei de melhor, ir para cima no um contra um. Fui feliz hoje em fazer, na minha visão, uma das minhas melhores partidas com a camisa do Santos", comentou o jogador.
Apesar do bom desempenho, Ângelo saiu um pouco frustrado por não ter marcado um gol, já que nunca conseguiu balançar a rede na Vila Belmiro jogando no time principal. O objetivo ainda não realizado, contudo, não é tratado como um peso pelo jogador, que vê o momento se aproximando cada vez mais.
"Já me sinto leve jogando no Santos. É meu clube do coração. Ainda mais jogando aqui na Vila, independentemente do gol ou não. Mas esse gol tem que sair, cada vez mais rápido, porque eu me cobro muito", comentou. "Estar vestindo essa camisa, jogar com a Vila Belmiro lotada para mim é especial", completou.
O menino da Vila também falou sobre a vontade de atuar ao lado de Soteldo, fora do jogo desta terça, porque está com a seleção da Venezuela. "Sonho em jogar um jogo com ele aqui na Vila, eu na ponta, ele na outra, ele no meio, tanto faz. Para mim seria uma honra. Ele é um craque, todo mundo gosta de jogar do lado de craque", comentou Ângelo, que não vinha sendo aproveitado como titular pelo técnico Lisca, demitido há duas semanas.
REFUGIADOS
A vitória santista foi marcada por uma presença especial na Vila Belmiro.Os jogadores entraram em campo acompanhados por crianças refugiadas, em sua maioria nigerianas. Além disso, cerca de 100 refugiados foram recepcionados no estádio. A ação faz parte do lançamento do novo uniforme alvinegro, inspirado no jogo que o clube fez contra a Nigéria em 1969, na cidade de Benin, à época zona de conflito de guerra.