As baixas temperaturas, que vão na contramão do que se espera da atual estação, o verão, têm sido sentidas pelos moradores paulistanos, que não conseguem se livrar das blusas para sair de casa desde a virada do ano.
De acordo com o instituto, as médias das temperaturas máximas no município ficaram em 23,9 °C no primeiro decênio (período de dez dias) de 2023, que representa -4 °C em comparação com a média do período (1 a 10 de janeiro), levando em conta os anos de 1961 a 2022.
O atual frio registrado na capital paulista é o segundo mais rigoroso da série histórica e só perde para o de 1965, cujo decênio marcou uma média de 23,8°C nos termômetros da cidade. O terceiro ano que começou mais gelado para os paulistanos foi o de 1982, com 24 °C de média de temperatura nos dez primeiros dias.
Em relação às temperaturas mínimas, a média de 2023, até agora, foi de 17,6 °C, "-1,2 °C abaixo da média climatológica decendial para as últimas seis décadas", informou o Inmet. O valor é a décima menor marca desde 1961.
Parte das baixas temperaturas são explicadas também pelos dias nublados e de tempos encobertos. Pelos registros do instituto meteorológico, já foram acumulados 79,8 mm provenientes das chuvas neste início de ano, de 1 janeiro até a terça-feira, 10. A quantidade de precipitação está dentro da média da cidade no período, que é de 81 mm.
O clima mais chuvoso neste início de 2023 se deve à atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que é resultado do encontro de ventos úmidos e frios do Oceânico Atlântico com ventos vindos da bacia amazônica.
Previsão
A previsão do tempo não indica aparecimento do Sol sem estar acompanhado de ao menos algumas nuvens até o dia 25 de janeiro na capital e no litoral. O que está no horizonte é tempo encoberto, pancadas de chuva e trovoadas.
A Climatempo adverte para uma mudança brusca de temperatura entre os dias 19 e 20. (COLABOROU LEON FERRARI)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.