Nos últimos meses, a Fiesp enfrentou uma intensa disputa política. Josué é acusado de ser distante da entidade e dos pleitos de interesse setorial, o que deu munição para que os sindicatos considerados menores passassem a pressionar pela saída do executivo.
Ele só pode deixar a presidência da Fiesp se renunciar ou por meio de uma nova assembleia. Uma eventual saída, no entanto, não é bem vista pelas entidades de grande peso no setor industrial.
“Isso poderia afetar a credibilidade e toda a história da Fiesp”, disse um executivo.
Procurada, a entidade não quis comentar.
Herdeiro da Coteminas – empresa do setor têxtil -, Josué assumiu o comando da Fiesp no ano passado e encerrou um ciclo de quase 18 anos de Paulo Skaf na presidência da entidade. O empresário foi eleito em chapa única.
Próximo a Bolsonaro, Skaf tem sido um dos principais críticos da atual gestão.
Josué chegou a ser convidado pelo presidente Lula para ser ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mas recusou o convite sob o argumento de que não poderia assumir o cargo como um “derrotado” na Fiesp. O empresário alegou que, se fizesse isso, pareceria um “refugiado” dentro do governo.
Os nomes mais cotados para assumir seu lugar no comando da federação – caso ele deixe a entidade – são os de Rafael Cervone Netto, Dan Ioschpe e Marcelo Campos Ometto.
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