O anúncio sobre a aprovação do projeto da atriz foi publicado no Diário Oficial da União um dia depois de o Ministério da Cultura liberar cerca de R$ 1 bilhão em recursos captados pela lei, que haviam sido bloqueados pelo governo de Jair Bolsonaro.
A notícia fez com que apoiadores do ex-presidente logo se manifestassem contra a classe artística. “Voltaram a sugar as tetas do Estado”, começou ironizando um internauta, ao compartilhar o projeto da atriz. Demonizado por Bolsonaro e seus seguidores, o mecanismo de incentivo à cultura é apontado obsessivamente por ele como um atalho para a “mamata” de artistas.
Outro seguidor ainda lembrou que Claudia Raia apoiou a indicação de Margareth Menezes para a ministra da Cultura: “Foi só ela elogiar a ministra da “curtura” que recebeu R$ 5 milhões e a bilheteria dos shows também vai ficar para a Claudia Raia. E ainda tem R$ 1O bilhões para distribuir aos artistas lacradores.”
Segundo consta no site do Ministério da Cultura, o projeto foi aprovado mas ainda não teve a captação de recursos iniciada. Serão 48 apresentações, divididas em dois espetáculos. As salas escolhidas terão capacidade para cerca de 600 espectadores.
Assim, cada entrada custará entre R$ 50, faixa limite para os bilhetes do Vale-Cultura, e R$ 300, sendo 10% dos ingressos distribuídos de forma gratuita. Como contrapartida social, Raia se comprometeu a executar uma “atividade formativa de 40 horas sobre a prática de artes cênicas e o mercado profissional para atores”, em aulas oferecidas a mil estudantes de escolas e universidades públicas.
O F5 tentou contato com a assessoria da atriz, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.