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Relatório aponta atraso no pedido de reforço policial em atos golpistas

Por Midia NAS em 27/01/2023 às 21:11:22

Conforme destacado no documento, pouco depois das 13h, os manifestantes começaram a se deslocar do QG do Exército em direção à Esplanada dos Ministérios. Neste intervalo de tempo, diz o texto, “foram identificadas pessoas portando rojões, gás de pimenta, pedras, estilingue e outros objetos que demonstram o intuito de praticar atos violentos”.

Mesmo assim, o efetivo do Complexo Administrativo que estava de sobreaviso desde o dia anterior foi acionado somente às 15h. “Houve, portanto, um intervalo de aproximadamente duas horas entre o início da manifestação e a tomada de providências operacionais de reforço para reprimir as ações em andamento”.

Outro ponto destacado por Cappelli foi o baixo número de policiais designados para trabalharem no local. Em um dos anexos do relatório, é possível ver que apenas três viaturas estavam disponíveis na Área Central de Brasília a partir das 15h.

Na mesma tabela, é possível ver que menos de 40 membros do Batalhão de Choque estavam escalados para estarem na Esplanada.

Relatório

Cappelli disse ainda que batalhões importantes para conter manifestantes não foram acionados, mesmo com alerta da inteligência, feito no dia 6 de janeiro, de que havia ameaça de ataque na Esplanada dos Ministérios.

“Não houve plano operacional nem ordem de serviço. Não há registro de quantos homens iriam. O que houve, apenas, foi um repasse burocrático, um ofício recebido para algumas unidades pelo Departamento de Operações. Isso é central, quem faz é o Departamento de Operações da Polícia Militar. O chefe em exercício do DOP encaminha burocraticamente esse memorando para algumas unidades. Chama atenção, então, as duas questões: não houve plano operacional, nem sequer ordem de serviço”, disse.

Segundo o interventor, apenas um memorando foi encaminhado, e os batalhões não foram acionados.

“Nem chegou a batalhões importantes, como o BPCães, o Bavop, o RPOM e até mesmo o Bope. Não foram sequer acionados”, ressaltou. “Quando a gente olha para o dia 1º, vemos diferença grande para o comportamento adotado para o dia 8. Havia previsão de 555 homens para a área central. A impressão que dá, no vídeo, é que não tinham 150 homens.”

Além disso, o interventor informou que alunos do curso de formação foram posicionados para atuar na Esplanada, e as grades instaladas nas proximidades dos Três Poderes eram frágeis. Cappelli ressaltou que nove comandantes de batalhões e áreas sensíveis da PMDF estavam de férias ou de licença no dia 8.

“Essas questões operacionais são importantes. Todas elas corroboram na questão de ausência de planejamento adequado, em consonância com as informações que existiam. Grande parte dos comandantes mais importantes dos batalhões estavam de férias. Essa é uma outra questão que também pode ter tido impacto sobre os eventos que ocorreram no dia 8”, informou.

Assista à coletiva:

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