O então ministro Tarcísio de Freitas, hoje governador de São Paulo, decidiu então juntar Santos Dumont e Galeão em um pacote e leiolar ambos juntos, para o mesmo dono, em 2023. No entanto, Jair Bolsonaro (PL) perdeu a eleição e o plano foi por água abaixo.
“O assunto Galeão, a partir da evolução nós não encontramos um formato jurídico que você possa fazer "desistir da desistência", a não ser que a empresa consiga criar uma nulidade da desistência. Se não tem nulidade o procedimento vai ser igual o que está acontecendo, ou seja, ela vai de novo numa concorrência daqui a alguns meses porque tem que passar pelo tribunal de contas e aí vai para a concorrência de novo separado do Santos Dumont”, disse o ministro Márcio França à CNN.
Ele afirmou, no entanto, que é possível que a Infraero controle o terminal internacional, mesmo que temporariamente. “Se nós tivermos problemas de gestão daqui pra frente, a gente tem disposição de usar a estrutura do Santos Dumont com a Infraero e tomar conta do Galeão por um período, como se fosse um temporário até que chegue a nova empresa”, disse.
Sobre o Santos Dumont, França reafirmou que não há vontade de vender. “A gente não tem ainda intenção inicial de privatizar os aeroportos, nem o Santos Dumont, nem aqueles que estão com a nossa empresa, porque nós entendemos que a empresa que tem três mil funcionários ela é uma empresa importante que se estabiliza a partir da permanência do Santos Dumont”, disse.
“Defendo na mão da (Infraero), até que surja um equilíbrio que não seja o que existe. Hoje a Infraero depende basicamente da arrecadação do Santos Dumont e de Congonhas”, completou. França descartou neste momento juntar os dois aeroportos num pacote só e leiolar, como queria o governo Bolsonaro.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Márcio França sugere que Infraero pode administrar Galeão por um período antes de novo leilão no site CNN Brasil.