Profissão que mais emprega, sobretudo, durante o final do ano por conta das vagas temporárias, os vendedores são parte fundamental para o funcionamento do comércio e por isso, neste sábado (1º), é comemorado o Dia do Vendedor.
Há 2 anos atuando como vendedora, Sandra Ferreira, de 28 anos, começou a trabalhar em um loja no shopping Campo Grande por conta de uma oportunidade temporária, após três meses de procura, e acabou sendo efetivada.
Trabalhando atualmente em seu 3º emprego com vendas, Sandra pretende continuar na área e construir uma carreira, mas diz que ainda há muita desigualdade na categoria. "No lugar que eu trabalhava antes eu ganhava bem menos que agora", revela ao Jornal Midiamax.
Segundo a profissional, também falta qualificação dos vendedores e incentivo por parte dos empresários. "Se eu não corresse atrás, acho que não chegaria onde eu estou. Tem muita gente que é despreparada", opinou.
A vendedora Evelyn Ramalho, de 31 anos, trabalha há vendas de roupas há 5 anos e conta que já enfrentou uma "infinidade" de dificuldades com clientes, patrões e até roubo. "Não é fácil, tem muita desmotivação e desvalorização", desabafa ela à reportagem.
Entre as pressões do cotidiano estão as metas altas, clientes exigentes e o baixo salário. Evelyn concorda que há falta de qualificação, principalmente nos vendedores sem experiência. "Muita gente entra [na área] por necessidade", opina.
Qualificação é justamente o que a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) avalia que é fundamental para o futuro da profissão. "O vendedor do futuro, o vendedor de hoje, o vendedor pós-pandemia é um vendedor capacitado, qualificado", diz o presidente da CDL, Adelaido Vila.
"O vendedor não pode ser aquele vendedor 'já que': Já que eu não consegui nada melhor eu vou trabalhar com venda", continuou, citando os vendedores que 'caem de paraquedas' na profissão. Para ele, o profissional precisa colocar o cliente como o centro de tudo e não o produto.
"É importante que esse vendedor tenha capacidade de entender o papel dele como facilitador dessa compra. Ele não é um 'empurrador de produtos', mas sim alguém que existe para solucionar uma necessidade, uma dor, que esse cliente tenha", opina Adelaido.
A ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), outra entidade ligada ao comércio, possui a Escola de Negócios, que surgiu para ser um agente facilitador do desenvolvimento empresarial, alinhando teoria e prática.
Para incentivar e contribuir com a capacitação de mão de obra local, a Escola de Negócios também oferece cursos e palestras, em sua sede, de forma gratuita. A Hora do Conhecimento 2.0 oferece aos participantes certificados, porém, é necessária presença em todo no ciclo mensal, estes ciclos abordam temas que são trabalhados semanalmente.
A programação está aberta para toda a comunidade. Mais informações podem ser obtidas nos números (67) 3312-5058, (67) 3312-5059 ou (67) 3312-5063.