O União Brasil e o PP discutem uma fusão às vésperas do primeiro turno das eleições gerais de 2022. Segundo a CNN Brasil, o objetivo é formar uma "super bancada" na Câmara dos Deputados na próxima legislatura.
As conversas estão sendo conduzidas pelo ministro-chefe da Casa Civil e presidente licenciado do PP, Ciro Nogueira; o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e o vice-presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda. A opção de nome para a nova legenda seria União.
A estimativa que os dois partidos, após a fusão, reúnam 115 deputados federais, com base em pesquisas eleitorais. O União Brasil espera eleger 65 deputados e o PP 40. No Senado Federal, a nova agremiação teria 30 parlamentares.
Neste caso, Mato Grosso do Sul poderia contribuir com dois membros, com Soraya Thronicke (União) e Tereza Cristina (PP), caso as projeções se confirmem e a deputada federal seja eleita no domingo (2).
Já na Câmara, o Estado teria um membro, caso Luiz Ovando (PP) se reeleja. Tereza e Rose Modesto (União) vão concluir o mandato. Rose disputa o Governo do Estado.
A fusão deve permitir a troca de legenda, o que afeta a disputa pela presidência do Senado em 2023. Para a sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já há um interessado: Davi Alcolumbre (União/AP).
Ciro, Lira e Rueda conversaram por três vezes em Brasília (DF), Teresina (PI) e Maceió (AL). O presidente da Câmara recebeu o líder do União na capital alagoana em jantar na noite de sexta-feira (30).
A avaliação é de que a experiência na fusão do DEM e do PSL, que resultou no União Brasil, será essencial para o PP se fundir ao União. O processo deve avançar 30 dias depois do segundo turno, em 30 de outubro.
Ainda conforme a CNN, a nova legenda daria vantagem ainda para Lira se reeleger presidente da Câmara. Além disso, o futuro União deve ainda estar na base do governo, seja quem for eleito presidente da República.