Ao mesmo tempo, ele acredita ser necessário ver o quão estruturalmente possível é adotar a linguagem neutra.
O professor disse que em toda palavra em que o “e” é neutro, como presidente, já serviria para denominar, mas há quem prefira, por exemplo usar “presidenta.”
“A realidade é que temos regras na nossa fala o tempo todo, mesmo sem formalizar em livros escolares.”
Um exemplo disso é a palavra “dente”, que na sonoridade o último “e” há o som de “i”.
Luiz Carlos avalia que “línguas vão mudar por razões que não controlamos, numa variação abaixo do nível da consciência.”
Porém, “há mudanças deliberadas provocadas por diferentes movimentos, inclusão da linguagem é monitorada por grupos distintos, e a implementação depende do peso que eles têm.”
O linguista opinou que “substituir termos de forma a incluir mais gente deveria ser preocupação da sociedade inteira”.
*Com produção de Isabel Campos
Este conteúdo foi originalmente publicado em Linguagem neutra: entenda os desafios para o uso inclusivo e aplicação cotidiana no site CNN Brasil.