Ministério Público recomenda adoção de medidas para evitar que crianças usem cigarros eletrônicos
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) recomendou que as prefeituras de Batayporã e Taquarussu intensifiquem a fiscalização e punam comerciantes que vendam cigarros eletrônicos nos municípios.
Isto porque o órgão recebeu denúncias de que diversas crianças e adolescentes tem portado e usado cigarros eletrônicos em praças, escolas e locais públicos das cidades.
A recomendação foi publicada no Diário Oficial do Ministério Público Estadual.
De acordo com a Resolução nº 46, de 28 de agosto de 2009, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é proibida a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar, entre eles o cigarro eletrônico.
No dia 6 de julho de 2022, A Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou Relatório de Análise de Impacto Regulatório (AIR) sobre os dispositivos, indicando a necessidade da manutenção da proibição.
A decisão considerou evidências cientificas e panorama internacional, que concluiu que os principais riscos relacionados ao uso dos dispositivos eletrônicos para fumar são:
imensa variedade de equipamentos e e-líquidos, o que impossibilita que haja estudos para toda a variedade possível de customizações dos conteúdos destes produtos;
possibilidade de uso de drogas proscritas;
aumento do risco de iniciação de jovens e adolescentes ao tabagismo;
alto potencial de dependência;
uso dual;
toxicidade;
ausência de estudos de longo prazo;
possibilidade de impactos negativos nas políticas de controle do tabaco;
ineficácia para a cessação;
alta prevalência de uso em países que permitem tais produtos, em especial por crianças, adolescentes e adultos jovens;
risco de marketing e propaganda indevida destes produtos, como demonstrado em diversos outros países;
ausência de estudos que comprovem que estes produtos causam redução de danos à saúde, tanto no aspecto individual, quanto coletivo.