A arrecadação do governo federal fechou o mês de janeiro com um dos maiores números desde 1995. Isso porque, segundo a Receita Federal, foram arrecadados R$ 251,74 bilhões em um aumento real de 1,14% em relação ao mesmo período do ano anterior – descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – contabilizando o maior valor da série histórica iniciada em 1995. O órgão econômico explicou que uma arrecadação atípica de R$ 3 bilhões no Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), além da alta nos juros – que atualmente encontram-se em 13,75% – possibilitaram um aumento de 58% na arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre rendimentos de capitais para R$ 10,84 bilhões ao ano e no aumento de 8,63% na receita previdenciária em razão do aumento salarial, contribuíram para a alta na arrecadação. No entanto, houve uma perda de R$ 5,65 bilhões no recolhimento dos tributos em razão da redução do PIS/Cofins sobre os combustíveis – em R$ 3,75 bilhões – e do Imposto sobre Produtos Industrializados – de R$ 1,9 bilhão. Sobre o assunto, a equipe econômica do Ministério da Fazenda definiu que os impostos federais voltarão a ser cobrados sobre gasolina e etanol a partir do próximo mês, conforme determinação da Medida Provisória (MP) editada pelo Palácio do Planalto em janeiro. Segundo o texto, a prorrogação da isenção do Pis/Cofins estaria vigente até 28 de fevereiro. Óleo diesel, gás natural e biodiesel continuarão com o benefício até o dia 31 de dezembro.