Gripe aviária: vírus H5N1 que matou menina no Camboja sofreu mutação
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No entanto, a morte da criança levantou suspeitas de que o vírus H5N1 evoluiu para infectar melhor as células humanas. De acordo com os cientistas do Institut Pasteur, que investigam o caso, o vírus H5N1 coletado na garota era diferente do encontrado em pássaros da região.
O cientista que liderou a equipe, Erik Karlsson, afirmou em entrevista à Sky News que há indícios de que o vírus passou por um ser humano antes de infectar a garota.
“Sempre que esses vírus entram em um novo hospedeiro, eles sofrem mudanças que permitem a replicação um pouco melhor ou que potencialmente se liguem às células do nosso trato respiratório de forma mais eficiente”, explica.
Karlsson acrescenta, no entanto, que a mutação provavelmente aconteceu aleatoriamente dentro das aves, descartando a hipótese de que a mudança tenha acontecido no organismo da menina.
O vírus ainda não se adaptou totalmente aos humanos e continua sendo um parasita de aves, de acordo com o cientista. No entanto, ele alerta que é errado minimizar a ameaça da H5N1 no Camboja.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), dos 873 casos totais da gripe aviária em humanos relatados nas últimas décadas, 458 foram fatais. Até agora, não existem evidências de que o H5N1 se espalhe com facilidade em humanos.
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