Abin sai das mãos do GSI e agora está sob o comando da Casa Civil
O pensamento de tirar a Abin do GSI e levar para a Casa Civil vinha sendo construindo desde a transição, com o objetivo de “desmilitarizar” o órgão. Depois dos atos golpistas de 8 de janeiro, a pressão nesse intuito aumentou.
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Nos bastidores, a Abin era vista como comandada sob forte influência de militares bolsonaristas nos últimos quatro anos. E, por isso, muitas de suas ações eram ignoradas pelo governo.
Exemplo: a produção de relatórios alertando sobre a gravidade do coronavírus e a necessidade de medidas sanitárias não teve apoio dos chefes do GSI. A Abin também fez um documento alertando para o perigo de os golpistas acampados em Brasília invadissem prédios na capital federal.
Novamente, o GSI teria ignorado os avisos. O resultado veio com a invasão e a destruição do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro.
A Abin, agora como integrante da Casa Civil da Presidência da República, “é órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência e tem por competência planejar, executar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades de inteligência do país, obedecidas a política e as diretrizes estabelecidas em legislação específica”. Luiz Fernando Correa, ex-diretor-geral da Polícia Federal no segundo governo Lula, é o favorito para assumir o cargo.
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