"Messi, estamos te esperando. Javkin também é do tráfico, ele não vai te proteger", diz a mensagem. Citado no cartaz, Pablo Javkin é o prefeito de Rosário, considerada a cidade mais violenta da Argentina e onde há forte atuação de narcotraficantes. O político esteve no local após o ataque, conversou com a imprensa argentina e levantou suspeitas a respeito das forças de segurança da província de Santa Fé, da qual Rosário faz parte.
"Eu duvido de todos, inclusive daqueles que deveriam nos proteger. E vou deixar claro, tivemos muitas reuniões com forças federais, provinciais, juízes, fiscais, nos últimos dias. Parte do que se falou tem a ver com essa zona e hoje aparece isso", afirmou o prefeito.
Iván Gonzáles, subchefe da unidade regional de polícia, disse à rádio Cadena 3 Rosário que a suspeita é de que o ato tenha sido realizado com objetivo de chamar a atenção e não como uma intimidação concreta a Messi e à família Roccuzzo.
Javkin pertence ao partido Frente Progressista e faz oposição ao governo do presidente Alberto Fernández, a quem tem responsabilizado pela violência na região. Nesta semana, Javkin e Omar Perotti, governador da província de Santa Fé, tiveram uma reunião com o Ministério da Segurança do país para discutir medidas que possam reduzir a violência em Rosário.
Segundo Javkin, o bairro onde está localizado o supermercado de Antonella esteve em pauta durante as discussões sobre a segurança da cidade nos últimos dias . "Cada vez que exigimos questões concretas, aparece isso", disse o prefeito, que também considera a ação uma estratégia dos criminosos para chamar a atenção e não uma intimidação direta a Messi. Ele também afirmou que conversou com a família Roccuzzo.