O ex-ministro da Igualdade Racial e vereador no Rio Edson Santos destacou a importância do fundo partidário e do fundo eleitoral para aumentar a participação das minorias nos espaços de poder.
A deputada estadual Tia Ju, do Republicanos, lembrou que apenas 15% de mulheres ocupam assentos na Câmara dos Deputados e que a subrepresentação é ainda maior [no caso]das mulheres pretas e indígenas. “Somos 51% da população e temos dificuldade de nos ver representadas nesses espaços de poder. O perfil do político brasileiro é o homem branco com média de idade de 48 anos, e o perfil do eleitorado é a mulher negra de 35 anos em média”, disse.
“Menos de um terço dos cargos de lideranças dos partidos são de mulheres. Quando a gente olha as executivas dos partidos, a gente muito pouco vê mulheres compondo esses espaços de poder. Isso é um grande desafio. Os partidos políticos precisam dar mais participação nas suas executivas para as mulheres. E as mulheres negras são subfinanciadas. É um trabalho de todos para ter avanços”, acrescentou a deputada.
O professor do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e babalaô Ivanir dos Santos também ressaltou que o financiamento público não beneficia as candidaturas dos grupos minorizados. “A população negra paga muito imposto, não só a classe média branca. É disso que estamos falando. Não é favor.”