Justificando as decisões anunciadas, Fernando Medina disse ainda que “o governo toma as decisões que considera necessárias para o bom funcionamento da TAP e para um virar de página”. O ministro da Infraestrutura, João Galamba, também marcou presença no anúncio da decisão.
Questionados pelos jornalistas, os ministros esclareceram que o resto da administração da companhia aérea não vai cair. Segundo eles, o atual presidente da SATA, Luís Rodrigues, vai assumir os dois cargos de forma temporária, sendo que o ministro das Infraestruturas referiu que deverá ser nomeado um presidente da comissão executiva mais tarde.
“Enfrentando de frente os problemas como fazemos e de forma completa, tenho a plena confiança de que a TAP prosseguirá com sucesso o caminho da sua sustentabilidade futura, que passará pela privatização de uma parte do seu capital”, disse ainda o ministro das Infraestruturas.
Apesar de reconhecer “os méritos da atual administração” na implementação do plano da empresa, Fernando Medina considerou que este episódio abalou a confiança que os portugueses tinham na TAP.
“Era essencial recuperar esse laço de confiança entre o país e a empresa. A TAP não é uma empresa qualquer, é uma empresa especial no nosso país, pela sua dimensão e importância econômica. Consideramos que era importante marcar este virar de página no sentido de haver uma estabilização”, sublinhou.
Fernando Medina garantiu ainda estar confiante de que a companhia aérea prosseguirá, “com sucesso”, o caminho para a sua sustentabilidade, que passa “pela privatização de uma parte do seu capital”.
Já sobre as consequências políticas deste processo, o governante afirmou que não pode ser criticado pelas decisões que não tomou, sublinhando que “assume plenamente” as responsabilidades que lhe cabem.
A verificação feita pela IGF da legalidade da indenização paga a Alexandra Reis foi determinada no dia 27 de dezembro do ano passado pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, e pelo então ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.
Alexandra Reis esteve apenas 25 dias como secretária de Estado do Tesouro no Ministério das Finanças, liderado por Medina. Saiu no fim de 2022 e mais tarde fez cair todo o Ministério das Infraestruturas e da Habitação, com Nuno Santos como ministro.
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