A procuradora do Trabalho Sofia Vilela destaca que os números não necessariamente refletem o aumento dos casos, pois, anteriormente, muitos podiam estar silenciados. Em nota, ela cita o constrangimento e o descrédito a que as mulheres são submetidas em casos de assédio no ambiente de trabalho.
Notícias relacionadas:
- Câmara aprova programa de combate ao assédio sexual.
- Série mostra onde mulher vítima de violência pode obter ajuda em SP.
- FAB demite no Rio professores acusados de assédio sexual .
Para Sofia Vilela, também que as campanhas de conscientização contribuem para aumentar o número de denúncias.
Como denunciar
O MPT orienta as pessoas que estejam sofrendo ou testemunhando casos de assédio sexual no trabalho a denunciar os abusos. O primeiro passo é procurar um canal interno de denúncias na organização em que trabalha para registrar o caso.
Em caso de medo de represálias, a denúncia pode ser feita ao MPT, que abrirá investigação contra a empresa.
O Ministério Público do Trabalho destaca ainda que é importante reunir testemunhas da situação e, nos casos em que a própria denunciante esteja sofrendo o assédio, nunca ficar sozinha com o agressor. Gravações em vídeo ou áudio também podem ser usadas como provas, mas não são obrigatórias.