Mais cedo, o petróleo chegou a reduzir parte das perdas, após relatório do Departamento de Energia (DoE) dos Estados Unidos apresentar queda inesperada, sinalizando aumento da demanda no país.
O movimento, entretanto, não persistiu, diante de novas falas de Powell na Câmara dos Representantes, reafirmando a possibilidade de acelerar ritmo de altas de juros e elevar taxas terminais para controlar a inflação, se necessário.
Analista da Oanda, Edward Moya acredita que até que o mercado “tenha uma ideia melhor sobre o tipo de recessão que será engatilhada pelo Fed”, a incerteza sobre a demanda do petróleo no curto prazo deve manter os preços pressionados.
A Capital Economics projeta que a demanda de petróleo deve permanecer fraca a medida que as altas taxas de juros pesam sobre o crescimento econômico dos Estados Unidos.
Por outro lado, investidores monitoram sinais de demanda na China. Para a ANZ Research, apesar da queda no primeiro bimestre, as importações do petróleo devem aumentar em março, frente ao aperto na oferta global de produtos refinados a partir da commodity.
Também no radar, o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Haitham al-Ghais, afirmou que a produção de petróleo da Rússia tem sido “resiliente” e conseguido encontrar “novos destinos”, como China, Índia e Turquia.
Dados revisados pelo Wall Street Journal apontam que o boom de produção da commodity nos Estados Unidos – que tornou o país maior produtor mundial ao longo da última década – está diminuindo, sugerindo que “a era do crescimento do xisto” estaria se aproximando do seu pico e rendendo menos petróleo.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Petróleo fecha em queda, frente a temor de recessão nos EUA no site CNN Brasil.