Além disso, fez uma revelação sobre sua vida pessoal: nunca esteve em uma casa de suingue.
Na parte final do programa, a comunicadora revelou um desejo de vida. "Algo que gostaria de fazer antes do 60 e não consegui: ir numa casa de suingue. Não vou conseguir, eu comecei namorar cedo e tive relacionamento por seis anos, depois fui emendando outros, e agora estou 10 anos com meu atual, queria ir pra ver como que é. Tenho muitas coisas para fazer, não vai dar tempo".
LUTA FEMININA
Em um dos momentos, a apresentadora -que está prestes a completar 60 anos- reforçou que não era necessário não estar discutindo a igualdade entre homens e mulheres, porque "está na cara". "Na rede social, quando postamos algo errado, quem diminui são as mulheres mesmo, não são os homens. Estamos acostumadas a sermos diminuídas, a gente se empurra em vez de dar as mãos. Enquanto existir o 'empurra pra baixo' e a gente não acreditar na gente mesmo, só vai ficar no sonho".
Na abertura do programa, Xuxa explicou que houve muito avanço na discussão de igualdade, mas que acredita que a mulher "não precisava passar por uma série de coisas, ter que lutar tanto". "Tem coisa para comemorar, mas a luta é enorme, ainda mais depois do desgoverno que vivemos, retrocedeu muito, com o machismo na cara das pessoas", pontuou ela.
Para completar esta parte do debate do Saia Justa, a convidada lembrou de uma frase que ouvia nos anos 80: "Eu comia a Xuxa". "Eu escolho para quem quero dar e receber, não podem ver mulher como comida. Acho tão bobo falar algo assim na cara de todos, poderia estar se preocupando com outras coisas e a mulher tem que estar se explicando que tem valor, que não é comida, que tem que ser valorizada", refletiu.
PROJETOS
No ano em que completa 60 anos, Xuxa está preparando uma série de projetos. Um dos adiantados no Saia Justa foi um documentário a ser lançado, em breve, no Globoplay, que revisitará o passado e a carreira da apresentadora. Ela confessa que já assistiu a quatro dos cinco episódios da série e que foi impactante.
"Deu uma bugada na cabeça, porque revi tanta coisa, que eu nem sabia que tinha vivido tudo isso", explicou ela. "Eles não mexeram só no baú de memórias e, sim, em caixinhas que estavam fechadas por muito tempo".
O programa do GNT, inclusive, exibiu um trecho do material, em que Xuxa reencontra a ex-diretora Marlene Mattos.
"Vocês vão me ver frágil, acolhida... de todas as maneiras. Eu fui abusada no passado, abusada de confiança, de todos os tipos de abuso no meu trabalho, não só da Marlene, mas em geral. Eu acreditava e vivia no mundo da fantasia. Achava que tava protegida ou me protegendo, como aceitei tudo isso? Como sobrevivi? Vai ser um choque muito grande", comentou.
APARÊNCIA
No segundo bloco do programa, as comunicadoras divagaram sobre a mudança na aparência através dos anos. Xuxa lembrou que, na infância, sempre queria ter mais cabelo, olhos maiores e outras mudanças, e que tudo isso piorou quando passou a trabalhar na televisão. Com o passar do tempo, ela passou a não gostar de ouvir muitas sugestões das pessoas sobre seu visual.
"É ruim falarem 'por que você não faz tal coisa?'. Larga do meu pé", pediu ela. "Se antes dos 60, eu falava o que queria, imagina depois. Meu recado é: me deixem em paz. Eu só faço plástica quando quiser, a hora que eu quiser. Reclamo? Sim. Não precisa dizer que tô velha, mas tenho homem que fala que estou gostosa, pronto, acabou".
Ainda sobre procedimentos estéticos, Xuxa relembrou um causo em sua vida que a afeta até hoje. Logo após o nascimento de Sasha, a apresentadora buscou uma médica a fim de ter os mesmos peitos grandes da gravidez. "Quando acordei com 320 [mililitros] de peito, a médica fez lipo e ainda acordei com dois pontos azulados na altura dos olhos. Queria matar ela, porque sentia dor no corpo todo e não sabia por que", contou.
"Ela me encheu de fibroses e ainda colocou botox. Eu fiquei paralisada por seis meses no rosto. Tem um dia que tô entrevistando a Hebe, eu queria mexer uma parte do rosto e não ia", lembrou ela, que confessa ter refeito os peitos cinco vezes, já que o organismo não aceitou tantas mudanças.