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Ministra Sônia Guajajara se reĂșne com Governador e visita 3 cidades em MS

A Ministra vem acompanhada do secretårio-executivo do Ministério dos Povos Indígenas, Eloy Terena

Por Midia NAS em 15/03/2023 às 10:07:57

A ministra Sônia Guajajara e o secretĂĄrio-executivo do Ministério dos Povos IndĂ­genas, Eloy Terena, vĂȘm a neste final de semana. Durante a visita, eles se reĂșnem com o Governador do Estado, (PSDB) e outros polĂ­ticos.

Sônia e Eloy chegam em Campo Grande neste sĂĄbado (18). Conforme a programação preliminar, na Capital, a ministra e o secretĂĄrio-executivo se reĂșnem com o Governador de MS. No domingo (19), eles seguem viagem para as cidades de Dourados e Rio Brilhante.

Um dos assuntos discutidos nas reuniões serĂĄ a questão da demarcação das terras indĂ­genas em Mato Grosso do Sul.

"Eles vĂȘm para ajudar a acelerar a pacificar as desapropriações, analisar essas e outras ĂĄreas que tenham sido adquiridas de ĂĄreas demarcadas de terras dos povos originĂĄrios", disse o deputado estadual Amarildo Cruz (PT).

A agenda foi confirmada pelo Ministério dos Povos IndĂ­genas. No inĂ­cio do mĂȘs, Sônia cancelou a visita que faria nesta semana a Mato Grosso do Sul. Não foi informado o motivo do cancelamento da agenda e nem se haveria nova data marcada para a visita. Com isso, também ficou adiada a decisão sobre a coordenação do Dsei (Distrito SanitĂĄrio IndĂ­gena) no Estado.

Conflitos

Nesta semana, o deputado estadual Zeca do PT condenou a ocupação de indĂ­genas em terras produtivas no interior de Mato Grosso do Sul. Então, recebeu repĂșdio do Conselho Terena de MS e da Assembleia de Mulheres Guarani e KaiowĂĄ de MS.

Durante o grande expediente da quinta-feira (9), o deputado afirmou que "é uma barbaridade o que estão fazendo com o companheiro Raul e sua fazenda em Rio Brilhante". Assim, pontuou que "não se tem nenhum estudo antropológico definido para dizer que é terra indĂ­gena".

O deputado comentou sobre a situação. "Dois ônibus com aproximadamente 80 indĂ­genas derramados lĂĄ, agora trancaram o portão, ocuparam a sede da fazenda de 800 hectares". Segundo ele, os indĂ­genas estão "proibindo Raul e sua famĂ­lia de tirar de lĂĄ, aproximadamente 7 mil sacas de soja que foram colhidas. E pior, proibindo consequentemente de plantar o milho".

Em nota de repĂșdio, o Conselho Terena considerou as falas como ataques. "Não podemos aceitar que um deputado estadual, eleito também por meio de votos indĂ­genas, agora se manifeste contra os direitos originĂĄrios e legĂ­timos do povo Guarani KaiowĂĄ", afirma o grupo da comunidade.

"É inadmissĂ­vel que, aqueles que se identificam como parceiros da luta indĂ­gena durante suas campanhas, se omitam agora, quando o pilar principal de nosso movimento é atacado por seu companheiro de bancada. A luta pela Mãe Terra é a mãe de todas as nossas lutas. A demarcação das terras indĂ­genas é nossa principal bandeira. Não admitiremos ataques aos nossos princĂ­pios e lutas", diz a nota.

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