"Esta decisão foi tomada em conjunto, pensando no melhor para o clube. Eu já vinha falando com o Paulo André - executivo de futebol - há muito tempo, desde dezembro. Inclusive poderia nem ter dirigido o time no Mineiro. Mas aceitei ficar porque seria complicado o time ficar com um interino", expôs o técnico, surpreendendo todos os jornalistas.
Com os olhos vermelhos e depois soluçando, Pezzolano ratificou que não vai dirigir outro clube no Brasil. "Recebi propostas de clube brasileiro, italiano, do México... Mas não aceitei", afirmou, lembrando que vai descansar com sua família, pelo menos até julho, e depois verá o seu futuro.
Segundo o técnico, é algo bem pessoal, mesmo porque ele está seis anos sem ter férias e se sente cansado. "Sou uma pessoa que exige 100% de mim e de todos. O ano passado foi tudo muito intenso, muito lindo", disse, lembrando a sua boa trajetória na temporada de 2022, que culminou com o título brasileiro da Série B e o acesso à elite em 2023. Antes foi vice-campeão mineiro, perdendo o título para o rival Atlético.
Pezzolano assumiu o comando do Cruzeiro no dia 3 de janeiro de 2022. O uruguaio, de 39 anos, foi contratado logo após Ronaldo Fenômeno assumir o comando do clube em janeiro do ano passado. Disputou 76 jogos, com 38 vitórias, 21 empates e 17 derrotas.
O técnico não confirmou a possibilidade de continuar trabalhando na empresa de Ronaldo Nazário, ou até mesmo de assumir o comando do Real Valladolid, clube do Fenômeno na primeira divisão da Espanha.
A direção do clube não se pronunciou, mas emitiu um comunicado informando que o diretor de futebol, Pedro Martins, vai apresentar a posição do clube para o caso em uma coletiva na segunda-feira à tarde.