Ariel Albrecht
O município de Coxim, à 250 quilômetros da capital sul-mato-grossense, Campo Grande, de 9 a 11 de abril de 2023 será sede da exposição DA CONSTRUÇÃO À MESA POSTA, um encontro de artesãos-ceramistas, empreendedores e entusiastas do arranjo produtivo cerâmico em Mato Grosso do Sul. O evento acontece no período em que a Terra do Pé de Cedro, como a cidade também é reconhecida, fundada em 11 de abril de 1898, celebra seus 125 anos de emancipação político-administrativa.
Trata-se de uma exposição de artefatos em terra cozida do Pantanal, organizada pelo ceramista Robertson Isan Vieira, coxinense nato, filho de pescador, que desde cedo aprendeu com as coisas da terra, e que convida o público a embarcar numa viagem pela diversidade da produção cerâmica de Coxim e região, evocando o arranjo produtivo regional de Terra Cozida do Pantanal, desde os acessórios e artefatos utilizados na indústria da construção civil, como os tijolos e lajotas, até os objetos decorativos e utilitários como vasos, luminárias, travessas, miniaturas e souvenires diversos, entre outros. Serão selecionados cerca de 70 (setenta) trabalhos que melhor destaquem e representem à temática da exposição, a serem expostos de maneira sistematizada por nicho artístico: construção, arquitetura, decorativos e utilitários. A EXPOSIÇÃO CERÂMICA “DA CONSTRUÇÃO À MESA POSTA” ficará em cartaz de 9 a 11 de abril na Praça Noêmia Serrou Camy, também conhecida como Praça do Flutuante, na área central de Coxim, margem direita do rio Taquari, das 9h00 às 19h00 diariamente. O projeto conta com o apoio do 47º Batalhão de Infantaria Sertanista Domingos Gomes Beliago, do Município de Coxim e da FUNRONDON – Fundação Municipal de Cultura, e tem investimento do FIC/MS – Fundo de Investimentos Culturais de Mato Grosso do Sul, através da Fundação de Cultura do Governo de MS. De acordo com o organizador, Robertson Vieira, a técnica mais desenvolvida pelos ceramistas é de modelagem em argila, à mão livre e/ou com auxílio de pequenos instrumentos, ou por maquinário e equipamentos industriais no caso das grandes empresas cerâmicas, porém em ambos os casos com posterior queima do material modelado. Ainda segundo Vieira, o evento objetiva expor aspectos artístico-culturais, históricos e sensoriais do universo cerâmico da referida região e seu arranjo produtivo cerâmico, num ambiente com música, poesia, arte, cultura e gastronomia, servindo de vitrine para amantes e entusiastas das artes cerâmicas na região bem como de incentivo para novos talentos que por ventura almejem seguir os passos de mestres-ceramistas já consagrados, projetando diferentes percepções acerca das diversas formas de utilização do barro no dia a dia dos indivíduos, além de fomentar a geração de emprego e renda nas comunidades envolvidas e também divisas para os municípios. Já estão confirmados, segundo ele, além de artesãos locais, nomes de ceramistas de Campo Grande e Rio Verde, entre eles ícones como Marilde Cecília, ganhadora de prêmios em nível estadual e também nacional de artesanato, bem como de Campo Grande, além de representantes das etnias Kadiwéo e Terena, de Miranda, que apresentarão peças de sua iconografia cultural típica, peculiares de suas culturas, e empresas do segmento cerâmico de toda região como, por exemplo, a Mochi Arquitetos. Para maiores informações o leitor interessado em saber mais pode entrar em contato com o organizador pelo celular/whatsapp (67) 99838-9135.