Nome favorito da CBF para a vaga de Tite, o italiano vem se esquivando do assunto faz algum tempo e jurando que cumpre seu contrato com os espanhóis - tem mais uma temporada de vínculo. Mas os jogadores da seleção, sobretudo os do Real Madrid, vira é mexe dão uma pista de que um acordo pode ser oficializado.
Desta vez, foi Ederson quem esquentou o assunto. "Estava até comentando ali. Comentei com Casemiro, com Vini, (Eder) Militão, há grande possibilidade dele vir, então vamos em busca deste resultado para ele vir o mais rápido possível", afirmou o goleiro, revelando o que já soube do possível futuro treinador do Brasil.
"O que me falaram sobre ele é que é um treinador excepcional, que todos no grupo gostam dele, um cara que tem carreira muito vitoriosa se olharmos no currículo dele. Veremos num futuro próximo se estará aqui ou não", disse.
Escolhido por Ramon Menezes para iniciar as atividades como titular, o goleiro também elogiou o técnico interino. ""Ele (Ramon) vai implementar a ideia de treino e para o jogo de sábado. A gente tem que aproveitar a oportunidade assim como ele quer aproveitar a oportunidade de ocupar o cargo durante esse período convocatório", afirmou, aprovando a renovação na seleção.
"Acompanhei o Sul-Americano Sub-20. Tem muitos jogadores aparecendo e muitos que estão tendo a oportunidade de estar aqui pela primeira vez. Trata-se de um novo ciclo, com novos jogadores e um novo staff", afirmou. "Os estreantes ainda estão se soltando. Possivelmente vai ter as boas-vindas para eles se apresentarem e cantarem para a gente, isso faz parte do roteiro. São garotos com muita qualidade, os que já vinham no ciclo anterior também têm total capacidade para manter o rendimento."
Sobre o confronto com Marrocos, surpresa da Copa do Mundo com a quarta posição, deixando Espanha e Portugal pelo caminho, Ederson pregou total respeito e previu muita dificuldade para a seleção brasileira.
"Vai ser um jogo muito complicado porque a seleção deles é muito boa, muito agressiva e forte. E a torcida deles é muito fanática", avaliou. "Me lembro do Catar, eu estava voltando para o hotel quando eles passaram pela Espanha nos pênaltis. As ruas do Catar ficaram uma loucura, com carros buzinando e gente gritando. Eu comentei com a minha mulher como os marroquinos são fanáticos", lembrou. "No mundo asiático e africano, eles são muito fanáticos. Às vezes a gente não tem a dimensão, mas eles têm um fanatismo muito grande pelo futebol."
Nada, porém, de ter medo. A expectativa para o novo ciclo é enorme na análise do goleiro. "Se a gente mantiver o grupo unido, como sempre fizemos durante todos os anos em que estive na seleção, para mim será a melhor lição que vou tirar de todo esse ciclo. Eu acho que um grupo unido e alegre é capaz de conquistar muitas coisas", afirmou. "É claro que no futebol estamos sujeitos a derrotas, empates e vitórias. O torcedor não entende dessa maneira. Mas eu, como jogador, entendo e sei lidar bem com essas situações porque a vida do jogador de futebol é assim."