A primeira ministra da França, Élisabeth Borne, vai se reunir, nas próximas três semanas, com grupos parlamentares, partidos políticos, sindicatos e associações para “apaziguar o país”. Os encontros são anunciados enquanto acontecem novos protestos contra a reforma da Previdência. “Estou à disposição dos agentes sociais. É preciso chegar a um bom caminho: encontros bilaterais? Uma [reunião] intersindical? É preciso acalmar as coisas. E que possamos retomar o trabalho sobre todas essas questões”, afirmou a primeira-ministra em entrevista à AFP. Desde 16 de março, quando a reforma foi aprovada sem votação de parlamentares, o país registra protestos violentos, principalmente devido a polêmica sobre o aumento da idade de aposentadoria. No entanto, Borne frisou que a reforma da Previdência foi aprovada e “seguirá seu curso” até que o Conselho Constitucional emita o seu parecer, ao término do qual o presidente Emmanuel Macron “deverá promulgar a lei”, tal como prevê a Constituição. Borne assinalou que, “desde o início da legislatura, foram aprovados definitivamente 11 projetos de lei e 12 propostas legislativas” e que “se recorreu ao 49.3 [artigo que permite a aprovação de leis sem votação parlamentar] em apenas três textos”. Estes são textos orçamentários para 2023 que fazem parte da reforma da Previdência, que modifica a lei sobre financiamento da Seguridade Social, lembrou a chefe de governo.