Campo Grande (MS)- A partir do próximo sábado, dia 8 de abril, os consumidores de energia elétrica de Mato Grosso do Sul sentirão um aumento médio de 9,28% na conta de luz.
A revisão tarifária periódica (RTP) foi aprovada por unanimidade durante a 10ª reunião pública ordinária entre a Energisa, Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e o Concen (Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa em Mato Grosso do Sul).
O relator da RTP foi o superintendente de Regulação dos Serviços de Distribuição da Aneel, Ricardo Lavorato Tili. O impacto será de 6,28% para os consumidores de alta tensão e 10,48% para baixa tensão, afetando cerca de 1,1 milhão de consumidores em 74 municípios.
Com o aumento, o valor médio do kWh (quilowatt-hora) será de R$ 0,8764, fazendo com que a tarifa de energia elétrica do estado seja a décima mais cara do país. Em 2022, a Energisa teve lucro de R$ 556,8 milhões.
Os principais fatores que compõem o novo índice médio foram a parcela A, com aumento de 3,77%, sendo encargos setoriais (1,05%), custos de transmissão (1,76%), e custos de aquisição de energia (0,95%). Na parcela B, a distribuição teve impacto de 0,83%; os componentes financeiros, 1,32%; e retirada dos financeiros anteriores, 3,36%.
Durante a reunião, a presidente do Concen-MS, Rosimeire Costa, apresentou os principais impactos para o consumidor e levou em consideração o tipo de contrato que vigora até 2027. Enquanto o IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado) indicou um acumulado de 57% nos últimos 5 anos, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) ficou em 28%. “As áreas de concessão que tiveram esse índice estão mais felizes do que a gente”, ressaltou.
Rosimeire também destacou que o mercado livre + cativo cresceu 12% em 2023 e a base líquida teve aumento de 81%.
A decisão aprovou as tarifas de uso dos sistemas de distribuição (TUSD) e a energia elétrica (TE) aplicáveis aos consumidores e usuários da concessionária. Além disso, definiu os postos tarifários ponta, intermediário ponta e fora ponta, fixando os limites para os indicadores de continuidade DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) para o período de 2024 a 2028.
A reunião também aprovou o valor mensal de recursos da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) a ser repassado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.