Somente nos primeiros três meses de 2023, Mato Grosso do Sul já acumula quase 90% do total de casos de dengue registrados durante todo o ano passado. Segundo dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde), foram 23.481 casos prováveis até o dia 1 de abril deste ano, contra 26.548 notificados durante 2022.
Até agora, doze moradores já morreram vítimas da dengue em Mato Grosso do Sul, entre as vítimas, pessoas de 3 a 82 anos. Além disso, outros oito óbitos estão em investigação e podem estar associados à doença.
Dos 79 municípios, apenas Jateí não tem notificação de dengue neste ano, enquanto isso, 58 aparecem na faixa vermelha com índice preocupante de contaminações. Na área verde, com baixa incidência, apenas Eldorado, Ribas do Rio Pardo, Paranhos, Paraíso das Águas e Iguatemi.
Na faixa amarela, em alerta, Nioaque, Bandeirantes, Selvíria, Tacuru, Terenos, Dourados, Corguinho, Aparecida do Taboado, Dois Irmãos do Buriti, Chapadão do Sul, Fátima do Sul, Santa Rita do Pardo, Japorã, Nova Alvorada do Sul e Paranaíba.
No cenário nacional, o Estado ocupa a décima posição na lista com mais casos de dengue.
Os casos de dengue, somados ao surto respiratório registrado na Capital e que acomete principalmente crianças, têm pressionado o sistema de saúde e feito com que unidades básicas, de emergência e hospitais, incluindo os particulares, enfrentem lotação.
Sintomas da doença
Dengue é uma doença causada por vírus e transmitida, principalmente, pela picada de um mosquito da família Aedes, em especial o Aedes aegypti. As causas da dengue podem estar relacionadas à água parada, com desenvolvimento do mosquito. Por isso, ocorrem as ações de conscientização da Saúde e fiscalização nas residências.
Conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), existem sintomas clássicos da dengue, como dores nas articulações e olhos, fraqueza, dores de cabeça e febre, contudo o diagnóstico deve ser feito durante atendimento médico.
Orientações
Caixas d"água, cisternas, tonéis, tambores e filtros necessitam ser tampados. Até mesmo reservatórios de eletrodomésticos devem passar por uma vigilância frequente, como é o caso de geladeiras e climatizadores.
Verifique se a sua geladeira tem um coletor de água do degelo automático (fica na parte de trás, perto do motor). Caso tenha, é preciso limpar com água e sabão a bandeja onde a água é acumulada, pelo menos uma vez por semana. No caso de climatizadores ou aparelhos de ar-condicionado, é necessário retirar o compartimento, esvaziá-lo e lavá-lo.
Ralos limpos e com aplicação de tela evitam o surgimento de criadouros. Além disso, é importante saber que a água com larvas não deve ser derramada em ralos ou na pia – lugares que podem gerar acúmulo –, mas sim na terra ou no cimento quente.
Um modo de prevenir criadouros é descartar objetos no lugar correto e levar o lixo para fora de casa somente no dia da coleta, por exemplo. Recipientes e sacos plásticos, garrafas, latas, sucatas, ferro-velho, entulhos em construção, tudo isso pode ser foco do mosquito.
Furar o fundo das latas e, se possível, amassar, tampar latas de tinta e deixá-las em local adequado, enviar sacos plásticos para reciclagem, amassar copos descartáveis e manter garrafas com tampas ou viradas para baixo são algumas medidas que podem ajudar a eliminar o acúmulo de água.