PMNAS

Brasileiros usam tecnologia para revelar rosto de egípcio que viveu há 35 mil anos

Por Midia NAS em 09/04/2023 às 03:52:26

A equipe usou o processo de aproximação facial, que ajuda os arqueólogos a recriar as características faciais de uma pessoa falecida usando restos de esqueletos.

“Alguns anos atrás, já trabalhávamos em uma série de aproximações relacionadas à evolução humana, com as réplicas de fósseis mais conhecidas”, disse Moacir Santos, arqueólogo do Museu de Arqueologia Ciro Flamarion Cardoso, em Ponta Grossa (PR), à CNN.

“Os vídeos foram convertidos em fotos e serviram para a elaboração da fotogrametria do crânio, que deu forma ao estudo”, complementou.

A fotogrametria é o processo de extração de informações 3D de fotografias, que foi o que Santos e Moraes fizeram após ver os restos mortais do homem no Museu Nacional da Civilização Egípcia, no Cairo.

Brasileiros usam tecnologia para revelar rosto de egípcio que viveu há 35 mil anos
Brasileiros usam tecnologia para revelar rosto de egípcio que viveu há 35 mil anos / Cortesia Cicero Moraes

Este processo foi empregado por especialistas para determinar como os humanos evoluíram ao longo dos séculos.

Em fevereiro, pesquisadores revelaram uma construção 3D de uma antiga mulher nabateia com base em restos descobertos em 2015 em uma tumba de 2 mil anos em Hegra, um sítio arqueológico na Arábia Saudita.

“Usando os crânios de pessoas vivas, além do trabalho realizado no campo forense, a probabilidade de que a imagem se pareça com a aparência do NK2 é significativamente alta”, pontuou Moraes, o designer, à CNN.

Fotogrametria é o processo de extração de informações 3D de fotografias, que foi o que dois especialistas brasileiros fizeram para revelar rosto de egípcio que viveu há 35 mil anos
Fotogrametria é o processo de extração de informações 3D de fotografias, que foi o que dois especialistas brasileiros fizeram para revelar rosto de egípcio que viveu há 35 mil anos / Cortesia Cicero Moraes

Santos e Moraes esperam que seu trabalho sirva de base para a pesquisa de outros arqueólogos sobre a evolução humana. Eles planejam mostrar a reconstrução facial em uma exposição no futuro após o estudo, publicado no jornal brasileiro “OrtogOnline” no mês passado.

“O fato de esse indivíduo ter mais de 30 mil anos o torna importante para entender a evolução humana”, destacou Santos.

Moraes enfatizou que, embora a mandíbula do homem seja mais forte que a dos humanos modernos de hoje, “35 mil (anos atrás) éramos quase os mesmos”.

“Se um homem daquela época pudesse andar na rua (hoje), as pessoas não veriam nenhuma diferença das outras”, ponderou.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Brasileiros usam tecnologia para revelar rosto de egípcio que viveu há 35 mil anos no site CNN Brasil.

Comunicar erro
Camara Municipal de NAS

Comentários

Publicidade 728x90 2 Camara Vol 2