Duas pessoas morreram por causa de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), na última semana, em Mato Grosso do Sul, totalizando cinco óbitos relacionados à doença em 2023.
De acordo com o Boletim Epidemiológico Influenza, organizado pela SES-MS (Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul), uma pessoa morreu devido ao vírus da Influenza B e outra pela Influenza A H1N1.
Até a 14ª Semana Epidemiológica deste ano, Mato Grosso do Sul contabilizou 1.827 notificações de hospitalizações por SRAG.
No intervalo de cinco semanas, os números de internações dobraram, tendo em vista que na nona semana epidemiológica o Estado contabilizava 903 internações por SRAG, o que representa alta de 102,32% no período.
No último boletim epidemiológico emitido pela SES, foram confirmados 58 casos para Influenza, sendo 10 para Influenza A e 48 para Influenza B.
Alcinópolis, com 16,2 mil moradores, é a cidade com a maior taxa de incidência de Influenza neste ano, com 10 notificações, o que representa 182,2 casos a cada 100 mil habitantes.
Campo Grande está em décimo lugar, com 101,2 registros a cada 100 mil habitantes. A taxa geral do Estado é de 64,3.
As crianças de zero a nove anos de idade representaram metade das hospitalizações por SRAG do Estado, com a fatia de 51,7%.
Sobre o perfil das vítimas fatais da última semana, não foram divulgadas informações sobre a idade exata, mas trata-se de um homem e uma mulher na faixa etária de 40 a 49 anos e de 70 a 79 anos.
Das cinco mortes por Influenza no Estado, neste ano, três foram mulheres e dois homens.
Crise na saúde
A classificação da crise que lota unidades de saúde, hospitais da rede pública e até privada em epidemia foi feita pelo secretário municipal de saúde, Sandro Benites, na última semana.
O Jornal Midiamax tem noticiado o aumento de casos respiratórios, principalmente em crianças, desde o início do mês de março. No fim de março, a cidade tinha uma demanda diária de 50 crianças à espera de vaga em hospital.
Diante do caos na saúde, a Prefeitura liberou consultas pediátricas em 15 UBS e USF, as unidades básicas, sem agendamento. Ou seja, em caso de sintomas respiratórios sem gravidade, os pais poderão procurar as unidades básicas.
A intenção é evitar que casos de menor gravidade lotem as unidades de emergência.